sábado, 9 de outubro de 2021

* - A Assinatura

A ASSINATURA

Diariamente, por volta das seis da manhã, metodicamente, o pessoal que estava saindo comparecia para devolver o material do serviço noturno ao balcão da ferramentaria e os que estavam chegando receber para o serviço diurno. Eram chaves de todos os tipos, martelos, marretas, serras, material elétrico, válvulas, botas, luvas, caldeiraria, todo o equipamento enfim para o funcionamento da usina alcooleira Embaúba.

Um dos funcionários, porém, negro, de pequena estatura e cabelos grisalhos do avançado da idade chamava particularmente a minha atenção pelo carinho na escolha do vassourão, como se fora objeto sagrado, seu companheiro do dia. Eu não sabia nem qual era o setor em que ele prestava serviço, pois eram muitas as instalações. No momento de assinar a ficha de recebimento do material, enquanto os outros simplesmente rubricavam, ele retirava os óculos da caixa presa ao cinturão, colocava no rosto e, apanhando a esferográfica, apunha com mão trêmula o seu nome completo, conforme aprendera na escolinha da vila já de muitos e muitos anos antes, como se quisesse naquele gesto colocar todo o conhecimento que tivera vontade de adquirir e não conseguira nos idos tempos de moço, de trabalho pesado, suor, lágrimas de angústia e sofrimento por que houvera passado, restando a recordação da época que se fora nas águas turbilhonosas do passado que se vai e nunca mais retorna, a não ser unicamente pela lembrança dos que, apesar das dores, dos sofrimentos e do avançado da idade ainda têm ânimo, coragem e resignação para sonhar com um futuro promissor.

Que Deus os abençoe!...

Raul Santos

Usina Embaúba, Eunápolis, BA, 01 de março de 1985.

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

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Minhas publicações no WebArtigos.com
Serviço de Proteção ao Vôo
A Matemática de Deus
A Nuvenzinha Branquinha
As Mães dos Bandidos
Pelos Buracos Da Estrada
Apocalipse: Sociológico, Ecológico ou Geológico?!...
Projeto "A Praça É Do Povo"  
A Barreira do Inferno
Você Se Lembra, Jerry?!...
Vamos Salvar o Rio Madeira?!...
Professores Emergenciais  
(Os Prostitutos da Educação)

terça-feira, 14 de setembro de 2021

* - A Assinatura

A ASSINATURA

Diariamente, por volta das seis da manhã, metodicamente, o pessoal que estava saindo comparecia para devolver o material do serviço noturno ao balcão da ferramentaria e os que estavam chegando receber para o serviço diurno. Eram chaves de todos os tipos, martelos, marretas, serras, material elétrico, válvulas, botas, luvas, caldeiraria, todo o equipamento enfim para o funcionamento da usina alcooleira Embaúba.

Um dos funcionários, porém, negro, de pequena estatura e cabelos grisalhos do avançado da idade chamava particularmente a minha atenção pelo carinho na escolha do vassourão, como se fora objeto sagrado, seu companheiro do dia. Eu não sabia nem qual era o setor em que ele prestava serviço, pois eram muitas as instalações. No momento de assinar a ficha de recebimento do material, enquanto os outros simplesmente rubricavam, ele retirava os óculos da caixa presa ao cinturão, colocava no rosto e, apanhando a esferográfica, apunha com mão trêmula o seu nome completo, conforme aprendera na escolinha da vila já de muitos e muitos anos antes, como se quisesse naquele gesto colocar todo o conhecimento que tivera vontade de adquirir e não conseguira nos idos tempos de moço, de trabalho pesado, suor, lágrimas de angústia e sofrimento por que houvera passado, restando a recordação da época que se fora nas águas turbilhonosas do passado que se vai e nunca mais retorna, a não ser unicamente pela lembrança dos que, apesar das dores, dos sofrimentos e do avançado da idade ainda têm ânimo, coragem e resignação para sonhar com um futuro promissor.

Que Deus os abençoe!...

Raul Santos

Usina Embaúba, Eunápolis, BA, 01 de março de 1985.

 




  

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Mundos Paralelos - O Canal Vermelho - Vilela


Episódio I

RELIGIÃO E CHARLATANISMO
A fascinante obra cósmica e toda a sua povoação espiritual é de uma seriedade que vai muito além do que pode conceber nossa frágil e primitiva compreensão humana. É de se imaginar que devido à essa complexidade, muitos preferem tomar o caminho do ceticismo e ignorar radicalmente todas as conjecturas e tendências que abordam esta temática, principalmente as religiosas, chegando a duvidar até mesmo da existência de um Deus Supremo, classificando tudo como vãs filosofias ou meras obras de ficção. Felizmente ninguém é obrigado a acreditar naquilo que não quer acreditar, entretanto, exige-se um mínimo de respeito a toda e qualquer manifestação religiosa que bem ou mal, (quando verdadeira e isenta de mercenarismo) à sua maneira tenta mostrar aos indecisos e carentes, qual o caminho mais curto para se atingir a evolução espiritual. Este é sem dúvidas, o preço que devemos pagar por ainda sermos tribais e necessitar que alguém sempre delineie o caminho que devemos seguir. Certamente, chegará o dia em que o discernimento ditará as regras e cada um saberá o rumo que deverá tomar sem necessitar de guias. Enquanto esse dia não chega, somos obrigados a conviver com elementos de má fé que não perdem tempo quando o assunto é a exploração dos menos precavidos e inseguros que na ânsia de encontrar uma resposta para seus muitos questionamentos, se deixam enganar pelos chamados mercenários da fé que oferecem solução para todos os tipos de problemas, cobrando altas taxas por cada minuto de enganação. Essas infelizes criaturas auto-denominadas como místicas, oferecem suas consultas pelo telefone, pelo rádio, pela televisão, por fax, carta, telepatia e vai por aí, tudo serve como veículo de exploração da fé ou ignorância alheia. Estão formando verdadeiros impérios às custas de pobres coitados que muitas das vezes não tem nem o que comer. Diariamente são arrecadadas verdadeiras fortunas em eventos religiosos ou místicos e ninguém percebe a enganação. O pior é que usam o nome de Deus e seus emissários espirituais como elementos de propaganda e convencimento. A triste realidade é que somos nós os verdadeiros culpados pela sobrevivência desse tipo de gente, uma vez que basta termos um pequeno transtorno na vida, imediatamente corremos a consultá-los, ao invés de buscar dentro de nós mesmos, as respostas e soluções para os problemas que surgem naturalmente no decorrer de nossas existências. Precisamos ter mais fé nas forças positivas que estão ao nosso redor e caminhar com mais convicção, acreditando em nossa capacidade de sobrepujar os obstáculos que surgem em nosso caminho, encarando-os muitas das vezes como uma forma de preparação para uma vida melhor, sem medos, sem incertezas, se confiando mais e dessa forma, acreditando mais nas forças espirituais e no Deus todo poderoso. O verdadeiro gerenciador dos universos. E não naquele que anda na boca dos charlatões. Outra falha que precisamos estar sempre atentos para corrigi-la, é a grave tendência que temos em nos sublimar ou nos tornarmos fanáticos, isso sim é danoso, o fanatismo torna o homem escravo de si mesmo, cegando-o e impedindo que evolua. É nessa fase que ele se torna presa fácil nas garras dos enganadores que estão por toda parte como lobos vorazes disfarçados de ovelhas. Até quando o livre-arbítrio ou a tal democracia serão usados como justificativas legais para lesar o próximo e continuar impunes?
MENTORA-MÃE
Felizmente, temos exemplos importantes de pessoas que se doaram com amor a causas humanitárias, buscando ajudar o semelhante em sua trajetória evolutiva sem visar o lucro. Foram poucos esses benfeitores da humanidade que usaram seus dons sagrados para o engrandecimento da espécie e não para denegrir as causas nobres. Particularmente, eu me sinto honrado em ter conhecido, convivido e compartilhado dos ideais de alguém desse quilate, essa pessoa foi TIA NEIVA. Com seus extraordinários dons extra-sensoriais, ela foi uma das pessoas mais importantes de nosso tempo. Para confirmarmos isso, basta analisar com coerência tudo o que ela nos deixou como legado. Se levarmos em conta, seu nível cultural, financeiro e principalmente sua condição física, somos obrigados a classificá-la como um verdadeiro fenômeno.
MISSÃO CUMPRIDA
Sobre a fantástica obra que ela nos deixou e sua consequente ausência, vez por outra surge um neófito se lamentando por não tê-la conhecido. Sempre que posso eu contesto esta lamentação com o seguinte argumento: “Feliz daquele que não teve a oportunidade de conhecê-la em vida, e hoje, corresponde com responsabilidade, dignidade, verdade interior e muito amor à obra que ela nos deixou.” Com um certo pesar, em contrapartida sou obrigado a concluir: “Infeliz daquele que teve a oportunidade de conhecê-la em vida, testemunhando sua bravura e determinação ao superar seus graves problemas de saúde, para concretizar a missão que lhe foi confiada pela espiritualidade, e hoje, vive denegrindo a doutrina com atos duvidosos, muitas das vezes, usando o que ela construiu com muita dor e lagrimas para tirar proveitos pessoais. – Este sim, é digno de pena”.
O DESCORTINAR DE UM NOVO HORIZONTE
Já se passaram muitas luas desde que aqui cheguei. Muita coisa do que sei hoje, devo à Tia Neiva, principalmente no que diz respeito ao uso de minha mediunidade para materializar no físico, uma parte ínfima da complexa estrutura dos mundos espirituais e seus habitantes. Uma missão? Sim, encaro dessa forma, vendo as coisas por esse ângulo, faço meu trabalho com mais responsabilidade, vibração e amor. Consequentemente, sou contemplado com momentos de muita realização pessoal e aquela sensação positiva de que estou no caminho certo para cumprir com dignidade o que me foi confiado. Durante toda a minha vida sempre procurei manter uma rigorosa vigilância sobre minhas reações e vocação pictopsicossomática para evitar que através de meu trabalho, pudesse enganar as pessoas. Foi com esta formação que certo dia o destino me levou ao encontro de Tia Neiva. A princípio, sua figura hieroglífica me causou um certo impacto. Por não conhecê-la, tive algumas dúvidas sobre sua pessoa, mas logo, com sua maneira ímpar de se comunicar, não foi difícil entendê-la e logo percebi que falávamos a mesma língua. A partir daí, ela fez descortinar à minha frente, um novo e fascinante universo até então desconhecido. É claro que tudo me pareceu demasiadamente extravagante e misterioso, felizmente, graças ao fascínio que o desconhecido sempre exerceu sobre mim, aceitei realizar os trabalhos que ela me solicitara. Quando iniciamos os trabalhos, submeti-me a um minucioso processo de adaptação ao que ela chamava de uma caracterização facial totalmente diferente de tudo o que eu conhecia ou fizera. Por algum tempo, fiz dezenas de desenhos a lápis e à medida que eles ficavam prontos, logo ela dava um nome para cada um. Fiquei meio cabreiro com essa história, eu desenhava o que vinha em minha mente e dava a impressão que já era coisa encomendada com antecedência, achei simples demais. Mas tudo bem, afinal, eu estava precisando de trabalho. Continuei desenhando para ver até onde a coisa ia. Sentindo que eu já havia captado o espírito do proposto, ela resolveu me testar pedindo que pintasse o quadro de Pai João e Pai Zé Pedro. Aceitei o desafio. Fui para minha casa em Taguatinga e lá, colocando em prática o que eu chamava de inspiração, pintei o que ela me havia solicitado. Dias depois, retornei ao Vale com o quadro pronto. Ao vê-lo, ela se emocionou muito e toda eufórica, convocou os presentes para verem a grande obra. Me senti muito lisonjeado com aquela manifestação. Ao aprovar a obra, ainda muito empolgada ela perguntou se eu teria condições de pintar os planos espirituais. Segundo ela, tratava-se de um de seus maiores sonhos. Era a oportunidade para concretizar no físico, todos os fundamentos básicos da doutrina. Na verdade eu não fazia a mínima idéia do que ela queria dizer com: “planos espirituais” nunca tinha ouvido falar nisso. Mas a felicidade dela parece que me contagiou tanto, que nem parei para pensar nas complicações e na seriedade do pedido e muito convicto, respondi: “pinto sim, senhora!”. Acho que foi muito convincente na resposta, considerando a expressão dela. Em seguida, demonstrando muita confiança em minha capacidade, completou: “Então prepare uma tela bem grande que vamos começar imediatamente!”. Não perdi tempo, dois dias mais tarde, a tela ficou pronta. Me instalaram no castelinho e iniciamos a pintura do tal plano espiritual. Trabalhei dezessete dias em uma obra que ao ficar pronta, nem eu mesmo acreditava no que havia feito. Era o início da concretização do grande sonho dela em retratar no físico, um pouco da grandiosidade do mundo espiritual. Ela batizou o quadro de “Mundinho”. O quadro dos mundinhos é uma das obras que eu considero de valor fundamental para quem quer se aprofundar nos verdadeiros mistérios que envolvem os planos espirituais e consequentemente, ter uma noção exata de suas influências em nosso mundo físico. Toda vez que me coloco diante desse quadro, sinto-me como se estivesse iniciando uma fantástica viagem pelo mundo espiritual. É exatamente por isso que vamos começar a narração pelo plano físico para melhor nos situarmos. Depois, avançaremos através do invisível para, além desse plano, conhecermos um pouco sobre o umbral ou vale das sombras, o Canal Vermelho, as origens e os planos subsequentes.
Episódio II
PERIGO INVISÍVEL
Vamos iniciar a narração por uma cena considerada cotidiana na área do templo-mãe. Pessoas indo e vindo, pacientes, curiosos, turistas, médiuns, jornalistas, cinegrafistas, pesquisadores ou críticos e opositores determinados a encontrar alguma falha no sistema para tentar denegri-lo. Por ser uma área de grande concentração de todos os tipos de energias e vibrações, tanto positivas como negativas, esta área requer atenção especial, principalmente no que diz respeito à conduta e ao padrão vibracional não só dos médiuns, mas de todos os frequentadores de uma forma geral. Certamente, todos já ouviram falar em energias esparsas. Pois bem, há muito dessa energia pairando no ar pronta para ser captada por alguém menos cuidadoso ou que esteja com a guarda aberta. Diante dessa possibilidade, é prudente conservarmos o padrão vibracional em níveis regulares para evitar as armadilhas que são preparadas pelos espíritos inferiores que tudo fazem para nos pegar no contrapé. Por esta e outras razoes é que devemos manter os pensamentos positivos e ostentar sempre uma conduta equivalente para não nos tornarmos vítimas de nossas próprias falhas.
PURIFICAÇÃO ESPIRITUAL
Já que estamos falando em conduta, vibração e trabalho espiritual, vamos dar aqui algumas dicas para quem pretende realizar um retiro espiritual perfeito. É claro que não se trata de regras oficiais inseridas no livro de leis, são princípios básicos que, pessoalmente, eu considero de grande valia para o bom encaminhamento não só dos trabalhos, mas para o próprio equilíbrio biopsicofísico. Na ordem, as regras são as seguintes: I – Estar bem consigo mesmo e em perfeita sintonia com o proposto. II – Evitar contrariedades ou pensamentos negativos ao sair de casa. III – Procurar trabalhar mais em prol dos necessitados e não unicamente pensando em si mesmo, doando-se à causa com amor e verdade, como um verdadeiro missionário. IV – Se possível, evitar comidas pesadas durante os trabalhos, principalmente as de origem animal. V – O ideal seria manter-se em jejum ou à base de muito líquido para limpar e fluidificar o organismo. Água pura de preferência. VI – Evitar contactos com outras pessoas fora dos trabalhos, conservando-se em perfeita harmonia durante todo o período do retiro. VII – Não permanecer na porta do templo rindo alto, contando piadas, fofocando, reunido a grupinhos ou assediando o sexo oposto à procura de aventuras amorosas. VIII – Nos intervalos, ao invés de quebrar a corrente com outros afazeres, manter-se na área do templo e procurar fazer uma meditação ou auto-análise, repassando mentalmente sua conduta e suas metas futuras. IX – Pedir amparo espiritual para os familiares, para os amigos e principalmente para os possíveis inimigos. X – Respeitar o ambiente como um lugar sagrado e ter consciência de que o dia escolhido para se dedicar às causas espirituais é muito especial. Observando esses itens, certamente o retiro espiritual será coroado de êxito e a sensação de missão cumprida encherá de realização o coração não só do missionário, mas principalmente, os de seus guias espirituais. Um bom trabalho espiritual não deve ser confundido com uma troca. Quem realiza um trabalho espiritual hoje, esperando receber amanhã, estará trocando e não se dedicando com amor à causa. Antes de mais nada, o missionário deve ter em mente que seus mentores espirituais conhecem muito bem suas necessidades. Quando nos propomos servir a Deus, devemos limpar nossas mentes das culpas, das cobranças, do negativismo, dos instintos de vingança, das mesquinharias materiais e procurar lembrar dos necessitados e dos que se dizem nossos inimigos sem rancor, elevando os pensamentos para entrar em comunhão com Deus e seus emissários espirituais de forma pura e verdadeira, com muita fé.
AMACÊ TERRESTRE
Quando observado tecnicamente, é fácil percebermos que o templo do amanhecer não foi construído ao acaso, sua estratégica forma arquitetônica elipsoidal, rica em detalhes cabalísticos, caracterizam-no como uma verdadeira amacê-terrestre diretamente ligada ao astral superior. Cada detalhe é fundamental na complementação desta nave. Senão vejamos: O radar, é o comando principal da grande nave. – A pira, o painel de controle. – As cassandras dos ministros, os postos de observação e controle de vôo. – Os mentores espirituais a tripulação. – A mesa evangélica representa os engenheiros de bordo. – Os pacientes são os passageiros desta importante amacê.
TRIPULANTES E PASSAGEIROS
Para entendermos melhor toda essa conjectura, vamos dar uma passada pela área do templo e observar o que acontece em um dia de Trabalho Oficial. Antes da abertura do retiro, um grande número de pacientes e médiuns se cruzam de um lado a outro, buscando a perfeita integração com o proposto, cada um em seu respectivo posicionamento. Em seguida, o toque da sirene convoca os presentes para o início dos trabalhos. Logo de início presenciamos a chegada de um paciente em uma maca. Não é difícil constatar que a situação dele não é nada boa. Sobre seu plexo, vemos a figura atrofiada de um obsessor atuando. O que por si só já justifica com sobras sua deplorável condição física e mental. O ser espiritual inferior visto sobre seu plexo intui em seu corpo físico, grandes distúrbios orgânicos que se refletem como uma grave enfermidade que jamais será detectada pelos médicos da Terra. Além de dores terríveis, certamente ele está passando por uma fase depressiva violenta que fará com que ele tenha fortes tendências ao suicídio, agressividade injustificável e muitos outros reflexos de natureza degenerativa. Porém, apesar dele se encontrar neste estado de total penúria, percebemos que se trata de uma pessoa assistida pela espiritualidade, a prova está nesse casal de pretos-velhos que o acompanham. Certamente, foram eles os responsáveis pelo seu encaminhamento até o templo. Mudando de personagem, encontramos uma mulher totalmente descontrolada chutando a canela do recepcionista. Essa pobre criatura traz consigo, os estigmas dos reajustes carnais. Além de um terrível obsessor, visto sobre sua cabeça com a aura totalmente negra induzindo-a à loucura, um pequeno ponto escuro em seu ombro direito, revela a presença de um elitrio que em termos físicos, pode ser caracterizado como uma grave enfermidade cancerígena, uma tuberculose ou algo similar. Poucos metros adiante, indiferente a toda a movimentação, vemos o espírito de uma mulher passeando tranquilamente. A diferença entre ela e os demais, é que ela é um corpo etéreo. Somente alguém com dons paranormais a distinguiria entre os demais. Isto comprova o importante povoamento nesta área, aqui transitam não somente seres encarnados, mas também os desencarnados, tanto os iluminados como também sofredores. Ela é um espírito de luz, a distinção está na aura prateada que a envolve, nos considerados espíritos sofredores veremos uma aura totalmente escura. O homem preso a uma cadeira de rodas, pode ser considerado como mais uma vítima de um violento cobrador e também, alguém que leva uma vida inconsequente, cheia de negativismos, provavelmente, vícios pesados como alcoolismo ou químicas alucinógenas. Podemos constatar isso pela aura negra que o envolve e também pelo pequeno ponto escuro em suas costas que provavelmente, revela a presença de um elítrio. Distinguida pela translucidez comum dos espíritos, verificamos mais uma criatura desencarnada entre os médiuns, trata-se do espírito de uma mulher com vestimenta cigana, demonstrando um padrão vibracional exaltado e de certa forma negativo. Ela gira de um lado a outro como uma louca, atormentada por problemas carnais mal resolvidos que ainda a mantém prisioneira no mundo físico. Alguns casais de médiuns transitam de um lado a outro. Pacientes aguardam o momento de serem atendidos demonstrando uma certa impaciência, enquanto outros discutem seus problemas pessoais em voz alta acompanhada por encenações extravagantes. Sentada na mureta da estrela, uma mulher cabisbaixa remoe sua dúvidas isolada pela introspecção. No entanto, ela não está absolutamente só, percebemos sobre sua cabeça, a sutil presença de um espírito manipulando, na tentativa de harmonizá-la.
OS GUARDIÕES
Um detalhe importante que não pode passar despercebido é a presença desse cavaleiro guardião em pé, ao lado da porta principal do templo. Isto significa que ao entrarmos em qualquer santuário, que seja o templo do amanhecer ou não, por uma questão de respeito ao desconhecido e às forças espirituais ali presentes, é prudente prestarmos reverência. Nesses lugares sempre existe uma divindade guardiã. Tais presenças, somente reforçam a necessidade de se respeitar tanto o interior, como a área externa do templo. Estes guerreiros espirituais são facilmente encontrados nos locais considerados iniciáticos ou nos pontos de maior fluxo energético. Os espíritos iluminados estão por toda parte, não agindo como nossos fiscais ou como muitos pensam, intrometendo em nossa individualidade dia e noite, como uma sombra. Nada disso. Muitas pessoas pensam que as entidades espirituais estão ao lado delas constantemente como um escravo a satisfazer-lhes as vontades. Isto não corresponde à verdade. Se assim fosse, não existiria o respeito ao livre-arbítrio. Um ser iluminado respeita rigorosamente a individualidade dos encarnados. Eles não interferem em nossa vontade a menos que permitamos. Entretanto, como um aviso aos imprudentes ou menos avisados, é importante se manter sempre alertas pois, os espíritos inferiores ou cobradores como chamamos, não cultivam o mesmo respeito devotado pelos iluminados, muito ao contrário, eles não dão a mínima pela individualidade de ninguém, estão sempre à espreita, aguardando um pequeno vacilo de nossa parte para atacar impiedosamente e assim, satisfazer seus instintos vingativos. Ao afirmar isso não procuramos induzir o medo nas pessoas ou aconselhá-las a andar sempre apavoradas olhando para os lados como alguém abandonado e totalmente à mercê das forças ocultas. Temos nossas proteções naturais e precisamos confiar em nossa força interior. Deus foi sábio em tudo, Ele jamais abandonaria seus filhos nas garras das criaturas alienígenas, ou negativas que habitam os planos inferiores. Todavia, isto deve servir de aviso aos que vibram no mesmo padrão dos chamados espíritos cobradores. As pessoas que cultivam a inveja, a mesquinharia, o instinto de vingança, ou ainda aquelas que estão sempre preocupadas em prejudicar seus semelhantes, são as vítimas preferenciais dos habitantes das trevas. Elas devem se precaver porque atuando nesse canal, com certeza se transformarão em verdadeiros radares na captação das energias negativas que se reverterão contra elas próprias.
TAPIR, CONEXÃO EXTRA-MATERIAL
Existe uma infinidade de pontos de conexão astral com os templos do amanhecer tecendo uma verdadeira rede cabalística vital para o seu bom desempenho e integração com os mundos espirituais. Em todas as dimensões sempre existe uma espécie de posto avançado onde se pode fazer um contacto direto através da mentalização. É assim nos planos inferiores para onde enviamos nossa vibração de amor para auxiliar os que sofrem naqueles antros de dor e também nos albergues e hospitais espalhados pelo vale das sombras e Canal Vermelho. Alguns dos postos avançados onde buscamos nossa força vital são: “Os encantados de Simiromba – A suprema corte – O sono cultural – As mansões individuais – A legião reencarnatória – As origens – A torre de Marcela – Pedra Branca e muitos outros. Cada uma dessas centrais ou órgãos superiores desempenha uma missão ou função específica de importância vital nos planos espirituais e também para nós, mortais terrestres. Entretanto, nenhum ponto de ligação é tão importante para a doutrina do amanhecer como a TORRE DE TAPIR. É de lá que recebemos o sinal verde para iniciar os trabalhos no templo. A prova dessa ligação física-etérea, pode ser constatada pelo desenho da torre branca projetando diretamente sobre a pira. – Tapir, Tapir, é a senha de conexão imediata quando é feita a abertura dos trabalhos nos horários considerados iniciáticos. Simultaneamente é estabelecido um elo de ligação com este centro gerador de energia vital. Ao lado da Torre de Tapir, vemos uma forma multicolorida que se assemelha a um túnel, na verdade ela representa exatamente o que parece ser, uma enorme entrada interligando os planos dimensionais, ou seja, trata-se de um portal de desintegração diretamente vinculado ao templo do amanhecer. É uma espécie de passagem interdimensional utilizada pelos espíritos para adentrarem nosso mundo material ou vice-versa.
Episódio III
FATALIDADE PREVISÍVEL
A ilustração seguinte nos mostra dois planos unificados e a representação sistemática de duas cenas absolutamente antagônicas. Na parte inferior, a colisão de dois veículos em alta velocidade, configuram, infelizmente, um episódio rotineiro em nossos dias. Estes dois veículos convergindo para um ponto comum, nos dá a noção exata do que ocorre quando existe a atuação de forças inferiores manipulando o destino dos encarnados. O cenário fornece um final previsível. Uma curva fechada, dois veículos em alta velocidade, o acidente será inevitável, principalmente, porque o veículo azul, certamente conduzido por alguém bêbado e consequentemente atuado por duas perigosas criaturas inferiores já tem destino definido. Vemos sobre o carro de cor azul, dois exus projetando suas energias negativas, e para completar o quadro tenebroso, na parte inferior da curva, um pequeno grupinho de espíritos sofredores, já transformaram o local em uma espécie de caverninha particular devido à grande quantidade de acidentes que ocorrem, gerando com os desencarnes, os fluidos ectoplasmáticos que eles necessitam para se fortalecer. Esta espécie de espíritos são criaturas vampirescas que se saciam com o sangue ou ectoplasma humano. Por esta razão, estão sempre prontos para dar uma mãozinha na desgraça alheia, influenciando principalmente nos desencarnes coletivos. Já o veículo vermelho, apesar dele fatalmente ser envolvido na colisão, existe uma distinção marcante em termos de padrão vibracional de seus condutores. No caso do veículo azul, dois exus manipulam seus ocupantes. Já sobre o vermelho, vemos a presença de duas entidades de luz envolvendo-o, mas não a ponto de evitar a colisão, (o acidente já estava programado para acontecer). Entretanto, as vidas dos passageiros serão poupadas, o máximo que sofrerão serão algumas escoriações sem maiores conseqüências.
OVI – OBJETO VOADOR IDENTIFICADO
Acima de toda a situação trágica envolvendo os dois veículos, percebemos uma forma oval brilhante comandada por seres com vestimentas espaciais, configurando mais um dos grandes fenômenos dos mundos etáricos. Trata-se de uma amacê de porte médio utilizada em pequenas missões interdimensionais ou interplanetárias. Na verdade, existem amacês gigantescas que podemos considerá-las como Naves-Mãe que comportam dezenas de pequenos discos voadores denominados de Cassandras. Esta pode ser mais uma identificação do templo do amanhecer com o astral superior. Em termos físicos, ele pode ser considerado como a nave-mãe, a grade amacê, os templos externos espalhados pelo Brasil e futuramente pelo mundo, as cassandras.
AMACÊS E CASSANDRAS
Esse tipo de amacê mostrada na ilustração é usada para pequenos socorros ou transporte de espíritos recém-desencarnados necessitados de encaminhamento para os albergues ou hospitais localizados no Canal Vermelho. Este veículo espacial é o exemplo de uma tecnologia extremamente avançada. Seus mecanismos sofisticadíssimos são capazes de transpor o nêutron ou véu interdimensional sem alterar sua estrutura molecular, que ao ser mantida na sua forma original ou antimaterial, se torna invisível aos olhos velados dos mortais comuns. Por ser um veículo construído com um tipo de liga especial ou composição anti-material de características sutilíssimas, (próprias dos mundos espirituais) ao penetrar em nossa atmosfera ele se torna invisível aos olhos comuns, no entanto, pode ser visualizado por alguns privilegiados dotados de poderes estra-sensoriais ou, uma clarividente como Tia Neiva. Para falar sobre a composição química desses aparelhos ou qual o tipo de liga é utilizada em sua construção, se é de natureza metálica e consequentemente extraída de algum tipo de mineral ou, até mesmo de uma meteria orgânica desconhecida, é preciso ter muito conhecimento não só de química, física, astronomia e mais uma dezena de ciências que se dedicam às pesquisas siderais, mas acima de tudo, absoluta convicção da existência de um número incalculável de formas de vidas diferentes e infinitamente superiores espalhadas por este fenomenal universo e seus insondáveis mistérios comandados pela energia racional, que também pode ser classificada como o Grande Útero (gerador da vida cósmica) ou em outras palavras, Deus – a Inteligência Suprema que a tudo rege com impecável maestria. Aliás, no dia em que os cientistas terrestres se convencerem que o universo não é um mero conglomerado de matérias e energias surgidas ao acaso, através de explosões de estrelas e aglutinações de partículas afins que supostamente deram origem a tudo o que visualizamos, com certeza eles avançarão muito na compreensão de alguns mistérios primários que envolvem a criação de Deus. Quem sabe, terão a graça de entender até mesmo os verdadeiros porquês de sua própria existência. No caso de permanecerem prisioneiros de suas teorias primitivas e materialistas por longo período, somente estarão desperdiçando preciosas frações de tempo que certamente serão cobradas com juros muito elevados posteriormente.
Episódio IV
LAR-DOCE-LAR
Particularmente, eu classifico a cena mostrando um lar em perfeita harmonia como uma das mais importantes desse quadro. É exatamente por se tratar do comum que ela assume proporções definitivas e reais em nosso cotidiano. Na atual conjuntura, um ambiente familiar, ou melhor, um perfeito e harmonizado ambiente familiar, está se tornando cada vez mais difícil de ser encontrado. O mostrado na ilustração reflete o que podemos chamar de lar-doce-lar, fato que por si só o torna especial e abençoado em todos os sentidos. Sabemos que o lar é a base de apoio de todo e qualquer ser humano. Se um homem não tem paz em sua própria casa, com certeza ele não a encontrará em parte alguma. Para ser um vencedor, o homem precisa ter uma sólida estrutura familiar onde ele possa obter a ressonância positiva ideal para suas realizações. Esta ressonância só flui de um ambiente perfeitamente harmonioso, um lar onde a felicidade é cultivada com habilidade e adubada diariamente, tornando-se dessa forma, um verdadeiro templo para abrigar os espíritos iluminados.
VISITANTES ESPECIAIS
A ilustração nos dá a noção exata de como deve ser um ambiente familiar. Todos cultuando o verdadeiro amor fraternal ou incondicional e por isso mesmo, sendo agraciados com as presenças de entidades de luz que podem ser observadas em vários lugares entre os encarnados. Isso mostra a importância de se manter um ambiente sem xingamentos, adultérios, desordens, drogas, álcool, gritarias e discussões. Em um ambiente livre desse tipo de desavença, a visita dos emissários de Deus passa a ser uma rotina muito natural. É importante não confundir essa visita rotineira como uma espécie de policiamento, nenhuma entidade de nível superior vive nos vigiando ou interferindo em nossa liberdade. Eles só se manifestam quando são devidamente solicitados. Podemos classificar esse tipo de atitude como respeito ao livre-arbítrio. Em contrapartida, imaginem o oposto, um lar onde se discute por pequenas coisas, cultiva a discórdia, só se comunica aos gritos sem dar chance para o diálogo, xinga, bebe, fuma, pratica atos desrespeitosos. Neste lar, com certeza os visitantes serão outros e com certeza o transformarão na extensão do próprio inferno.
LAÇOS ETERNOS
Neste ambiente de harmonia familiar, vemos o espírito de uma dama com vestimenta antiga, provavelmente, uma parente distante mantendo vivos os laços afetivos através dos tempos. Em canto da sala, um casal de ciganos representam a diversificação das várias encarnações e situações experimentadas pelo ser humano no decorrer dos tempos e das reencarnações. Aparentemente isolado pelos demais, sentado no sofá, cabisbaixo, destoando da alegria geral, vemos um homem que apesar de seu estado de espírito ou padrão vibracional divergir do geral, ele não chega a comprometer o ambiente porque recebe a assistência de uma entidade que sutilmente manipula sua aura. Enquanto isso uma moça sentada ao piano, contagia o ambiente com sua música muito bem inspirada por uma frágil forma etérea que praticamente se confunde com os próprios mantras. Os outros integrantes da família proseiam descontraidamente, mas com moderação, sem exageros ou gargalhadas extravagantes, sem muita gesticulação, alegres, mas sempre procurando manter o nível vibracional em alta. Pelas notinhas musicais flutuando e se confundindo com os espectros em vários pontos da sala, percebemos a importância da música para ajudar na harmonização de uma ambiente. Aliás, não só a música, mas a arte de uma forma geral, as artes cênicas e principalmente as artes plásticas. Nada melhor que uma música suave e um incenso aromático para ajudar na concentração e busca do perfeito equilíbrio, tanto pessoal como do próprio meio em que vivemos.
Episódio V
OBSESSÃO FATAL
Radicalmente, vamos mudar para uma cena muito banal em nossos dias, infelizmente. Presenciaremos uma briga entre um casal de namorados ou talvez marido e mulher em uma praça pública. Ela, fragilizada pelo próprio padrão negativo, revela desequilíbrio emocional. Enquanto ele demonstra total controle da situação direcionando-lhe seu ódio em forma de vibração. O clima de obsessão é confirmado pela presença de um espírito sofredor projetando sua corrente negativa e mais a vibração de ódio do próprio parceiro, é uma carga pesada demais para a pobre mulher que em desespero, com a mão na cabeça, demonstra estar à beira de um ataque de nervos. Pela aura escura que envolve os dois, percebemos que ambos estão em péssimas condições psicossomáticas. Ele, de braços cruzados, mirando-a com a expressão carregada de ódio, vibra violentamente sem a mínima piedade. O pior é que ele forma uma parceria arrasadora com um espírito oportunista todo atrofiado pela cortina interdimensional. O quadro mostra a situação deplorável de uma pobre mulher que é vítima de uma violenta ação conjugada (espírito-encarnado) que fatalmente a levará à demência, ou na pior das hipóteses, ao suicídio. Se depender da vibração e vontade de seus obsessores, com certeza ela não terá outro destino, a menos que tenha muita força interior e fé em Deus para reverter sua situação. Uma mancha escura pouco abaixo de onde ocorre o fatídico caso de obsessão, revela a presença de uma caverna cheia de olhinhos vermelhos de seres inferiores que sobrevivem na negritude do vale das sombras de onde conseguem atuar sobre aqueles encarnados receptivos, ou que estejam vibrando no mesmo canal negativo ou que por vacilo esqueceram a guarda aberta. Completando o cenário, a poucos metros do casal infortunado, vemos uma cena totalmente oposta, um outro casalzinho em perfeita harmonia cultua o amor e consequentemente é envolvido por uma aura clara com leves nuanças azuis. Não detectamos a presença de nenhum foco de energia negativa a envolvê-los e muito menos a presença de um espírito sofredor ou alguém vibrando negativo. Infelizmente, existem números incalculáveis de espíritos vagando em nosso sistema físico, sem qualquer tipo de orientação, regidos unicamente por seus instintos ainda presos ao magnetismo das coisas materiais. São aquelas criaturas extremamente apegadas aos bens materiais que, por não aceitarem o desvinculo carnal, continuam presentes em nossa dimensão como se estivessem vivas, muitas das vezes obsediando os parentes ou amigos. Rompendo o véu dimensional, vemos um cenário que revela não uma caverna, mas um plano não muito evoluído onde grandes falanges de espíritos dispersos ou perdidos em sua própria individualidade vagam como plumas levadas pelo vento, sem destino definido e nem mesmo um delicado filete de energia positiva onde possam se apegar. Como essa, existem legiões e mais legiões de seres espirituais que vagam perdidos pelos vales negros do esquecimento, esperando, quem sabe, numa feliz fração do tempo sem tempo que define o eterno, serem agraciados com uma mão estendida, disposta a encaminhá-los até um albergue ou hospital de recuperação, para a partir daí, iniciarem a longa jornada evolutiva que poderá levá-los, (caso façam por onde) aos mais elevados graus da evolução onde vivem os grandes iluminados. Isolados no plano inferior, outro grupinho de espíritos errantes, não contemplam a mínima esperança de uma dia evoluírem porque estão muito ocupados ruminando suas mágoas e frustrações. Nessa dimensão de agonia e dor, as noites são tão frias e escuras que se assemelham muito com a própria alma de seus habitantes. São longas noites que, de acordo com o padrão vibracional de cada um, se tornam mais e mais frias e escuras. Quanto mais pesado for o padrão vibracional, mais escura. Em alguns casos, as trevas são tão densas que podem ser apalpadas. É quando elas se tornam uma espécie de sepulcro daqueles que não alimentam mais nenhum tipo de esperança.
Episódio VI
OS FANTOCHES
Um bom exemplo de como atua um obsessor, é esta cena. Vemos um homem totalmente atormentado se contorcendo aos berros como se milhares de agulhas estivessem atravessando sua carne. Quando se atinge este estagio, fica muito difícil a recuperação do obsediado porque ele já se entregou ao obsessor. É quando entram em cena os chamados socorristas ou emissários de Deus atuando na lei do auxílio. É exatamente um desses iluminados que vemos aqui, projetando seus raios curadores sobre o sofredor encarnado. Apesar de vermos os dois no mesmo plano, o paciente se encontra no mundo material e envolvido por essa pesada atmosfera negra, o socorrista ou entidade de luz executa sua tarefa do lado anti-material. Por várias razoes a situação desse indivíduo é tremendamente complicada para ser revertida. O principal motivo é que todo o seu sistema de coordenação mental está afetado ou bloqueado para que ele possa pedir ajuda. O outro agravante diz respeito à própria lei do livre arbítrio. Sabemos que o respeito à individualidade do ser é absoluto para uma entidade de luz. Ela jamais interfere na individualidade de alguém sem que haja uma abertura ou busca natural. Quando se necessita da ajuda de Deus, é necessário buscá-lo com fé, estabelecendo um canal de amor e verdade interior. Se alguma entidade se manifesta sem que seja solicitada, de certa forma ela estará violando a individualidade ou a própria lei universal do livre-arbítrio. O ser humano é livre para trilhar o caminho que ele bem entender desde que se julgue em condições de responder pelos seus próprios atos. O procedimento mais acertado no campo do auxílio é saber se o necessitado deseja realmente ser ajudado (respeito ao livre-arbítrio). Em muitos casos, o grau de desespero é tanto que ele se bloqueia em sua própria individualidade e passa a rejeitar qualquer tipo de ajuda, nesses casos, ele pode terminar nas garras dos espíritos inferiores que são criaturas oportunistas que não cultivam qualquer tipo de respeito pela individualidade de ninguém. O espírito inferior está sempre a espreitar suas vítimas, aguardando o momento certo para atacá-las e arrastá-las para seu antro de agonia e dor. Aqui temos um caso especial onde o sofredor encarnado recebe ajuda de um espírito iluminado sem que tenha havido uma solicitação porque ele, a vítima, já ultrapassou o limite da consciência e não tem mais condições de coordenar sua vontade. Sua condição é de penúria absoluta. Nesses casos, a entidade missionária tem plena autonomia para decidir em que ponto ou situação deve ou não interferir no auxílio ao necessitado. A situação dele não é o que podemos considerar como de fácil solução por motivos óbvios, percebemos que seu corpo está totalmente envolvido por esta aura negra, revelando seu baixo nível vibracional consequenciado por uma grave debilidade orgânica, caracterizado por uma doença física ou, denunciando claramente que ele está sob o efeito maléfico das drogas e não tem condições de lutar em sua própria defesa. Este caso se diferencia do anterior somente em quem está projetando. Aqui, o receptor se encontra numa situação de certa forma, ridícula. Vemos que ele executa uma série de mímicas estranhas próprias de um demente. Na realidade ele está sendo atuado por este espírito inferior que o obriga a fazer esses malabarismos ridículos como se ele fosse um fantoche. É mais uma prova do poder de um obsessor sobre um encarnado desequilibrado. Infelizmente, ninguém está livre desse tipo de situação, basta vacilar, perder a auto-confiança, relaxar a guarda ou se deixar dominar pelos vícios, abandonando o controle das próprias rédeas, cultivar os pensamentos negativos ou perder o amor pela vida. O pior é que muitas das vezes as criaturas inferiores se mostram tremendamente sedutoras e são capazes até mesmo de assumir roupagens falsas para atrair suas vítimas. Este indivíduo, por exemplo, é o retrato fiel do que estou falando. Deixou-se levar pelas drogas e se tornou uma presa fácil nas garras dos espíritos inferiores que só pensam em destruir suas vítimas, sugando os fluídos alucinógenos que exalam de seus corpos. Muitos espíritos perseguem os alcoólatras para sugar os fluídos do álcool que exalam de seus organismos como se fossem uma espécie de vampiros do vale das sombras. Não sei qual o tipo de vicio que domina este homem, mas a verdade é que ele está tão obsediado que consegue sentir em seu corpo físico, todos os sintomas emitidos pelo obsessor, executando seus gestos fielmente e transformando-se em motivo de chacota para quem presencia. Aqui, praticamente o espírito do obsessor já se integrou ao corpo físico do encarnado, assumindo toda a sua coordenação motora e psíquica, percebemos isso pela aura negra que envolve tanto um como o outro. Este sentadinho ao lado está envolvido no mesmo padrão, sua postura é semelhante à postura do obsessor. Estes casos normalmente terminam em demência ou em situações extremas como o suicídio. Por falar em suicídio, quando alguém atenta contra a vida física a ponto de extingui-la, matando-se prematuramente, a situação do espírito se torna traumática porque ele é confinado na dimensão dos esquecidos até que se cumpra o tempo em que deveria permanecer encarnado. Para que ele se liberte desse estágio infeliz antes que se cumpra o tempo determinado, só mesmo com o amor de Deus refletido no trabalho árduo de seus emissários sagrados que não medem esforços para salvar uma alma perdida e encaminhá-la à evolução.
CONFORMISMO E COBRANÇA
Esta é uma ruazinha parecida com muitas que conhecemos por aí. As cenas que presenciamos, também não são incomuns. Um cidadão solitário manquitolando, se apoia em sua bengala mostrando resignação com seu carma ou com a própria condição que a vida lhe impusera. Mais adiante, presenciamos outra cena comum, um casal discutindo acirradamente em plena via pública indiferentes ao local em que se encontram ou às pessoas que passam. É claro que não dá para saber qual o motivo da discussão e muito menos ouvir o que estão falando, mas pela aura enegrecida que os envolve, sabemos de antemão que não se trata de coisa boa. Com certeza estão sofrendo a atuação das forças inferiores.
MOMENTOS DE INCERTEZAS
Todos nós temos consciência sobre o grande poder que os planos inferiores exercem sobre o mundo físico, principalmente com os fluídos negativos gerados pelas guerras, promiscuidade, doenças, fome e toda espécie de instintos inferiores que temos liberado sem a mínima consequência. Tudo isso gera a energia vital para que os grandes encouraçados criem entre nós, o ambiente propício para suas atuações e, se a coisa continuar nesta mesma toada, com certeza muito em breve presenciaremos em pânico, seus atos de materialização. Por isso, faz-se necessária muita cautela e perseverança, algum conhecimento sobre os mecanismos espirituais e, principalmente, muita fé em Deus e determinação para que possamos vencer os grandes obstáculos que certamente se erguerão em nosso caminho num futuro muito próximo. Os valores humanos estão sendo subjugados e a ambição se alastra perigosamente, individualizando os homens a ponto deles se digladiarem na defesa de seus interesses mais banais. A vida do semelhante para muitos vale quase nada, principalmente quando está em jogo, o prestígio, a posição social, o dinheiro ou o instinto de sobrevivência animal. Dizer que é necessário mudar sem demora, é inútil porque todos têm consciência disso. Acredito que o momento é de ação e poucas palavras.
A GRANDE VIAGEM
Após tomarmos conhecimento sobre as implicações e influências exercidas pelos seres espirituais sobre nossa dimensão material, romperemos o véu inter-dimensional e mergulharemos na negritude infinita do desconhecido, empreendendo uma insólita viagem através do tempo e espaço até atingirmos o chamado mundo dos espíritos. Iniciaremos nossa jornada pelo chamado vale das sombras, região habitada por espíritos considerados como a escória dos planos inferiores. Seres sem nenhum esclarecimento e suas legiões de vítimas escravizadas. Nessa dimensão encontraremos de tudo o que representa a degradação moral do ser, desde infelizes que não tiveram a sorte de receber qualquer tipo de orientação sobre a vida após a morte antes de desencarnarem, até perigosos demônios que vivem a espreitar suas vítimas com o propósito sórdido de subjugá-las até a destruição total. São exatamente as criaturas que tanto dano tem causado aos encarnados do planeta Terra, principalmente, os mais influenciáveis, ou aqueles inseguros e pessimistas que de uma forma ou outra, acabam sendo envolvidos por seu inegável poder de persuasão.
Episódio VII
SOB A LUZ DO LUAR
UMBRAL significa limiar, entrada. Na literatura espiritualista, define um plano inferior ou uma das extensões do vale das sombras, um lugar denominado como ANODAI porque se caracteriza em eternas e melancólicas noites de luar. É um lugar situado numa dimensão paralela isolada por uma camada magnética que impede a passagem da luz solar. Esse plano inferior é provavelmente um dos mais próximos da crosta terrestre e por isso mesmo, o que exerce maior influência sobre nós. Devido a essa proximidade, seus habitantes, poderosas criaturas milenares podem influir diretamente no destino dos encarnados terrestres, prejudicando-os e criando o ambiente propício para concretizarem suas ações demoníacas. Ao criar ambientes erguidos à base dos fluídos magnéticos gerados pelas guerras, promiscuidades, miséria, incompreensão, desamor, traição e muito outros estágios que representam a decadência humana, estamos trabalhando contra nós mesmos, preparando o terreno para muito em breve, propiciarmos estranhas e grotescas materializações entre nós sem a menor cerimônia. Quando isso ocorrer, certamente será dado um largo passo para que os demônios que habitam os planos inferiores atinjam seus intentos, implantando seus impérios em nosso plano material para dessa forma, dominá-lo literalmente. É claro que tudo isso só acontecerá se o homem continuar nessa saga infeliz de auto-destruição, se distanciando cada vez mais de Deus e cedendo sua energia vital para fortalecê-los. Portanto, é necessário que assumamos o leme desta nau planetária o quanto antes ou sofreremos as consequências de nossos atos impensados, levando-a ao naufrágio.
VALE DAS SOMBRAS
O dantesco cenário que estamos vendo, caracteriza-se pela morbidez de seus habitantes e pela paisagem sem vida onde as formas são retorcidas como galhos secos e o que era para ser vegetação, lembra o musgo ou algo pegajoso como a baba de uma fera acuado. As rochas parecem esculturas de animais fossilizados ou algo que lembre criaturas atrofiadas há muito já sem vida. É um cenário deprimente no sentido amplo da palavra. Tudo aqui lembra o infortúnio, o sofrimento eternizado pela angústia de infelizes que não vislumbram mais qualquer sinal de esperança. A própria amorfia do lugar sugere a mais profunda tristeza e isolamento do real. Apurado um pouco mais o sentido observador, percebemos que de pequenas fendas nos imensos rochedos recobertos pela fuligem milenar, exalam odores de algo necrosado ou provavelmente do próprio mofo que se estende pelas paredes das cavernas e se densifica numa delicada fumacinha esbranquiçada que se perde na pesada atmosfera, velando a paisagem lúgubre com uma espécie de nevoeiro mal cheiroso e agourento. Das galerias naturais ecoam gemidos estranhos de seres já bestializados pelo sofrimento e dor, comum aos que já perderam a própria razão da existência. Para nossos padrões definidos de paisagem, esta região é caracterizada pela incognoscível amorfia do irretratável, entretanto, sua força é misteriosamente envolvente e até mesmo o lodo podre que tapeteia as negras cavernas, parece possuir vida. Aliás, trata-se de um tipo de vida sim, vida de seres que se atrofiaram na maldade de tal forma, que, com o passar do tempo, foram perdendo suas características anatômicas ou racionais até se transformarem nessa coisa indefinida que geme pelas frias e escuras câmaras mortuárias.
SOCIEDADE DE DEMENTES
O quadro que nos é mostrado lembra um lago repleto de espectros cabisbaixos como se fossem almas penadas vagando em câmara lenta, sem destino definido, sem esperança, é o retrato fiel da desilusão. O que parece ou deveria ser água, onde as criaturas se banham, possui uma densidade esverdeada como o lodo ou um tipo de lama que fornece algum tipo de energia ou prazer. Pelo visto, esse lago lodoso exerce muita influência ou poder magnético sobre essas almas, elas o buscam como o sedento que após uma longa jornada, finalmente encontra uma fonte de água fresca. É interessante notar que essa sociedade inferior e hostil se aglutina nesse local como se fosse para continuar coexistindo e de certa forma, somando forças para se defenderem ou fugir do jugo dos mais fortes que tentam a todo custo, transformá-los em escravos. É a clássica comprovação de que aqui, realmente impera a lei do mais forte. Voltando aos detalhes paisagísticos do local, deparamos com um imenso portal formado por blocos de pedras sobrepostas, de onde jorra relativa quantidade do tal líquido esverdeado como se fosse uma cascata. As pobres almas penadas se amontoam em baixo da bica para se abastecer de sua energia vital. De uma das afluentes que deságua nesse lago, surge uma canoa transportando mais um grupo de espectros que pela aparência, demonstram grande debilidade e mal conseguem se mover, parecem muito doentes. Provavelmente, recém-desvinculados de seus corpos físicos que tiveram este inferno dantesco como destino. Outros seres vagam sem rumo como se nada de importante pudesse acontecer em suas existências eternizadas pelo sofrimento. Parecem autômatos sem nenhuma inspiração racional. Tudo aqui revela a dor, o sofrimento de quem optou pelas trevas ao administrar mal o seu livre-arbítrio. À direita, na parte superior formada por um nebuloso teto densificado por algum tipo de matéria mineral que encorpa algo semelhante a um imenso rochedo, vemos uma espécie de fenda de onde surge uma luz fria e clara como se fosse de néon. Parece um posto de observação ou sala de onde controlam toda a movimentação e ao mesmo tempo se assemelha a uma passagem inter-dimensional ou portal de desintegração. Na parte inferior do lago, vemos duas figurinhas que se distoam totalmente dos demais por dois fatores, o primeiro: é a aura negra que os envolve, o segundo: suas posturas introspectivas e atitudes extremamente agressivas consigo mesmo, como se quisessem se autocastigar. O mais interessante, é que apesar de estarem no meio de uma pequena multidão, els parecem isolados, os demais fingem não vê-los, mostrando-se absolutamente indiferentes, provando que neste lugar, definitivamente não há solidariedade.
A PRESENÇA DE DEUS
Apesar da situação deprimente observada em cada detalhe desse campo de concentração espiritual, observamos presenças dotadas de grande beleza, postadas como guardiãs em locais estratégicos de onde possam controlar cada movimento dessas criaturas. Pela postura de alerta eles parecem sempre preparados para interferir caso haja um ataque dos conhecidos bandidos do espaço. São os cavaleiros e missionárias designados para manter a ordem nesse lugar. Suas vestimentas se assemelham à dos centuriões romanos com suas lanças reluzentes em uma das mãos e uma espécie de rede magnética na outra. Acompanhando esses guerreiros a serviço das causas fraternais do amor incondicional nesse antro de penitencias, vemos corajosas mulheres vestidas não como guerreiras, mas belíssimas princesas exibindo longos vestidos e capas multicoloridas. Apesar dessa aparente fragilidade, são verdadeiras missionárias dispostas a enfrentar qualquer tipo de barra para defender um necessitado, esteja ele onde estiver, até mesmo nas terríveis cavernas onde os perigosos espíritos inferiores fazem seu alcouce particular. É sem dúvidas um feliz contraste de beleza exuberante nesta dimensão onde predomina a fragilidade e deformidade dos espíritos sofredores. Outro componente destoante neste cenário inferior é um poderoso foco de luz, que resplandece no horizonte tingindo por uma fraca tonalidade amarela, como se “fosse” o por do sol sem seu brilho natural. Como a estrela da manhã, esta forma resplandecente representa a esperança, a bem aventurança numa dimensão onde só existe o sofrimento e a desilusão, o rancor e a discórdia. Como o farol a guiar o navegante na escuridão da noite, esta luz espalha seus raios prateados de esperança sobre os desiludidos num constante chamamento à razão. Trata-se da presença Divina ou “A PRESENÇA DE DEUS” entre estes que se excluíram no mal uso do livre-arbítrio. É o sinal de que Deus está presente em toda parte, até mesmo neste lugar onde parece que Ele já foi totalmente esquecido.
INCONFORMISMO SEM CAUSA
Protegido por nossa privilegiada condição de observador, destacamos um pequeno ponto desta imensa e lúgubre região denominada como umbral. Este é o início de uma longa jornada pelo vale das sombras, onde certamente, nos depararemos com situações deprimentes e impossíveis de serem concebidas pela mente humana comum e ofuscada por seus pequenos problemas carnais. Partindo do princípio de que tudo tem seu lado positivo, este será um bom exemplo do que é realmente o sofrimento para os que ainda se encontram encarnados e que, por qualquer tropeçozinho começam a se maldizer e a taxar tudo como uma cobrança injusta. É a chance de auto-retratação para os que ainda não aprenderam a valorizar a riqueza que o Criador colocou à sua disposição aqui na Terra e que muitas das vezes, impensadamente chegam a classificá-la como um planeta dos reajustes. É a grande oportunidade para se fazer uma avaliação do que é realmente o sofrimento. Só mesmo deparando com a desgraça alheia para se auto-retratar e descobrir o quando somos injustos com tudo o que Deus nos oferece sem nada pedir em troca.
Episódio VIII
QG DOS FALCÕES
Mudando de cenário, mas ainda no vale das sombras, deparamos com um lugar sombrio onde até as cores mortas revelam o peso do ambiente. Neste imponente castelo medieval funciona uma espécie de alto comando dos planos inferiores. Aqui, estão confinados os mais terríveis controladores desta região. Cabeças poderosas, mas infelizmente, voltadas para o mal e a destruição de seus semelhantes ou subordinados. Estes seres bestializados, apesar de serem mantidos prisioneiros nesta fortaleza erguida sobre pedras, conseguem controlar boa parte dos habitantes desta dimensão e também fora dela. Eles nos fazem lembrar nosso mundo físico, onde os bandidos mesmo atrás das grades nas penitenciárias de segurança máxima conseguem controlar o tráfico de drogas nas favelas sem nenhum constrangimento. A diferença é que aqui os poderosos bandidos do espaço, ao invés das drogas, controlam a mente de seus comandados, escravizando-os e submetendo-os às mais cruéis condições existenciais. Neste castelo medieval, estão confinados os espíritos daqueles homens que se destacaram na maldade quando estiveram encarnados em nosso planeta. Foram grandes generais, líderes religiosos, cientistas, governantes, ditadores e toda casta perversa que desencadeou a desordem em seu meio, muitas das vezes, provocando o desencarne coletivo no comando de guerras insanas, usando a desgraça alheia para saciar seus instintos bestializados altamente destruidores. Hoje, desencarnados, estes mesmos homens em suas roupagens espirituais continuam sua saga malévola só que, agora, recrutando almas para seus exércitos zumbis. Considerados como verdadeiros “FALCÕES”, estes seres são tão arraigados na maldade, que certamente, jamais reverterão esta condição e sempre lutarão pelo comando, mesmo que seja de um bando de almas-penadas. Para eles, não existe ninguém superior, eles se consideram os verdadeiros deuses nesse meio decadente, tendência que jamais permitirá que se prostem diante do Deus gerenciador dos universos, Criador de todas as coisas. Na realidade, estes seres não passam de criaturas repugnantes ou verdadeiros demônios a serviço das trevas. Infelizmente, para nós pobres mortais, tremendamente influentes e poderosos, tanto em seu reino de trevas, como em nosso plano material. A prova disso é que eles continuam controlando as mentes de políticos, de cientistas, líderes religiosos, líderes sindicais e muitos outros que exercem alguma influência coletiva. Nesta cena, vemos grupinhos deles passeando tranquilamente pelos jardins da fortaleza. Certamente, maquinando algum tipo de maldade e escolhendo a hora e o local para aplicá-la sobre os espíritos inferiores e já escravizados ou sobre os humanos que se prestam a seus serviços e vontades. Este instinto que nós humanos cultivamos do forte sempre dominar o fraco, parece mesmo coisa dessa dimensão infernal, é uma espécie de reflexo de lá. Entretanto, precisamos reverter esta tendência urgentemente e adotar o princípio de que o mais forte deve sempre estender a mão ao mais fraco para auxiliá-lo.
LIBERDADE CONDICIONAL
É importante notar esta pequena cerca amarela contornando o castelo. É claro que aqui ela é um simbolismo, na realidade, trata-se de uma poderosa cerca magnética que impede a fuga dessas criaturas. Se por acaso isso ocorresse, certamente seria o caos, não só para os planos espirituais inferiores como também para nós encarnados. São os mecanismos naturais criados por Deus para minimizar ou proteger os mais fracos das ações insanas dos mais poderosos. Outro detalhe interessante sobre estes vilões é que, eles são criaturas milenares confinadas através das eras. Muitos ainda conservam grande poder, outros aos poucos vão perdendo a capacidade de se auto-sustentar e são substituídos pelos mais jovens. É claro que não se trata de um escalonamento natural, há muita disputa pelo poder. Os que são subjugados acabam isolados em algum canto cavernoso e iniciam um longo e doloroso processo de definhamento até se transformarem em um amontoado de lodo podre nas sub-câmaras deste mausoléu. O pior é que eles não conseguem se extinguir de vez. Continuarão neste estágio deplorável até quem sabe, um dia serem submetidos ao julgamento de Deus. – O espírito é uma energia inextinguível.
SUB-SEDES
Observando mais detalhes deste cenário, vemos ao fundo outro castelo, onde concluímos que se trata de um condomínio do alto comando dos planos inferiores. Vestidos a caráter, smoking, cartola e bengala, como um catedrático do século XV, eles comprovam que continuam com a mesma mentalidade de eras passadas, defendendo a ortodoxia que infelizmente ainda presenciamos em algumas partes de nosso planeta até hoje. Mostra também que a evolução entre eles não existe. Atingiram o estágio da estagnação absoluta. Continuando a descrição deste cenário pesado e sombrio, vemos nuvens escuras e espessas se movimentando lentamente em um céu que mais parece uma abóbada vítrea a limitá-lo. O próprio peso do ambiente é suficiente para inibir a presença e ofuscar o brilho de uma enorme lua que parece ser o único toque de beleza singela contrastando com a morbidez deste plano inferior.
FRÁGIL LUZ NA ESCURIDÃO
Fugindo um pouco do antro perverso dos falcões, fora da cerca magnética que os aprisiona, vemos uma cena simplesmente singular, totalmente destoante do resto, tendo como ponto de separação unicamente a cerca e algo parecido com um lago. Se estivéssemos em um deserto, certamente classificaríamos a visão como um oásis ou algo semelhante. Trata-se de uma paisagem que dada a localização e as circunstâncias, pode ser considerada como destoantemente bela e muito tranqüila. Vemos arvores, flores, grama e um casal de espíritos pastorando um pequeno rebanho de ovelhas ou algum animal parecido. É uma cena tipicamente terrestre. Isto nos confirma uma realidade até certo ponto confortante. Mesmo em um plano inferior como o vale das sombras, pode ser encontrada paisagem refletindo grande beleza e até harmonia. Porém, um detalhe importantíssimo que deve ser observado, é que aqui, não foi encontrada a bela e reluzente estrela reveladora da presença de Deus, ou, a estrela denominada como: “PRESENÇA DIVINA”, aqui, Deus parece não estar presente, pelos menos de forma visível como nas cenas anteriores.
Episódio IX
OS “SEM ESPERANÇA”
Mudando de quadro, sem contudo mudar de padrão vibracional, porque na realidade ele continua baixíssimo, vemos um cenário parecido com uma região após ser totalmente devastada por um terremoto ou consumida pelo fogo. Trata-se de mais uma das extensões do vale das sombras. Um plano povoado por espíritos nômades, marcados pela miséria e absoluta falta de perspectiva. São seres pobres em tudo, de evolução, de esperança, de força interior para buscar auxílio nas camadas superiores, de vibração. São espectros caracterizados pela insanidade mórbida dos excluídos. Excluídos pela própria cegueira do desconhecimento e mau uso do livre-arbítrio. Excluídos pela falta de humildade e amor próprio. Por ignorarem o poder de Deus. Ignorarem a ponto de não perceberem sua presença na forma de um grande olho luminoso, a bela estrela matutina que convencionamos chamar de “Presença Divina”. São criaturas tão atormentadas que mal percebem que ainda existem. Sobrevivem como zumbis a vagar de lado para o outro até caírem nas armadilhas preparadas pelos chefões dos planos inferiores. Apesar de tudo isso, esses seres ainda podem contar com o auxílio de alguns missionários que são verdadeiros guerreiros na defesa de seus interesses. Não vemos nenhum deles no meio dessa multidão, mas com certeza estão a postos caso sejam solicitados ou de braços abertos nos albergues ou casas transitórias como a que vemos recortando o horizonte a poucos metros de distância. Esses pontos de apoio servem para prestar os primeiros socorros aos necessitados e a partir daí, encaminhá-los para os grandes hospitais situados no Canal Vermelho. Esses albergues serão vistos em vários pontos dessa dimensão inferior. Um detalhe importante que não pode passar despercebido é esta luz projetada sobre o albergue. Ela parece romper o pesado teto atmosférico, criando um invólucro protetor de energia e ao mesmo tempo estabelece um canal inter-dimensional com outros planos. Outro detalhe interessante nesse lugar é este espírito feminino flutuando envolvida por uma nuvem branca, indiferente a qualquer tipo de perigo. Evidentemente, a nuvem branca funciona como uma redoma ou camada de energia que a protege de um possível ataque dos bandidos do espaço e também da impregnação negativa que infesta este antro de dor e sofrimento. Pelo que podemos perceber, ela está vistoriando o lugar como uma guardiã e ao mesmo tempo, atenta para o caso de surgir uma urgente solicitação de ajuda.
Episódio X
PESCADORES DE ALMAS
Falando ainda sobre os espíritos missionários, vamos subir um pouquinho por este canal para presenciarmos de perto, como agem esses guerreiros do espaço. Aqui está um casal de missionários lançando sua rede magnética sobre uma caverna e recolhendo um grupo de espíritos inferiores como se fosse um cardume de peixes. Nesse caso específico, pode-se dizer que eles estão interferindo na vontade dessas criaturas ou violando seu livre-arbítrio. Isto é um fato, entretanto, aqui, foi necessária a interferência dos guardiões para preservar a integridade desse outro grupo de sofredores indefesos que já haviam sido aprisionados pelos bandidos. Podemos vê-los apavorados e encantoados nessa caverna escura. Este caso de interferência dos guardiões na caverna deixa claro que o livre-arbítrio existe somente quando não se quebra normas ou leis. Quando alguém espiritual ou encarnado ultrapassa indevidamente os limites do próximo, automaticamente ele está se sujeitando às leis do lugar. Sobre o destino dos espíritos rebeldes aprisionados, eles serão levados para um lugar seguro onde poderão se submeter a tratamentos especiais de recuperação ou no caso de rejeição, serem mantidos fora de circulação por tempo indeterminado para preservar a integridade dos mais fracos.
COLÔNIAS ESPIRITUAIS
Aproveitando a companhia do casal de missionários, vamos fugir um pouco do vale das sombras para melhorar o astral e conhecer algumas colônias espirituais denominadas como origens. Na verdade, esses povoamentos lembram os grandes condomínios da Terra. Esta colônia, por exemplo, é bem parecida com a anterior no que diz respeito a ruínas e devastação. A diferença marcante está no tipo de arquitetura e postura de seus habitantes que se assemelham muito à civilização grega, principalmente na maneira de se vestir. Reunidos em grupos, proseando alegremente, eles demonstram fortes vínculos familiares, o que nos permite afirmar que se trata de espíritos com um grau razoável de esclarecimento ou evolução. A deduzir pelo aspecto arquitetônico, ainda percebemos algum vestígio da Roma antiga que nada mais foi que uma cópia dos gregos. Em seu apogeu, quando os romanos se consideravam os donos do mundo, o que eles mais aproveitaram em seus saques após derrotarem as nações, foram as obras de arte, o que inclui a arquitetura. Uma vez que a Grécia foi o celeiro cultural do planeta e caiu sob o jugo dos romanos, vemos nessa pequena origem, a forte influencia desses dois povos terrestres. Descrevendo parcialmente esta cidade astral, vemos a cúpula de uma catedral ou torre de um palácio de onde um pequeno grupo observa a movimentação no que parece ser uma praça. Ao lado, enormes colunas sustentam a fachada do que parece ser o edifício principal onde, espalhados na escadaria que serve de arquibancadas, alguns homens e mulheres discutem amigavelmente assuntos banais, exatamente como ocorre em nosso meio físico em um final de tarde de domingo. Em frente, duas enormes colunas remanescentes de algum edifício importante, agora, lembram somente um velho portal prestes a desabar. Ao fundo, alguns espíritos enfileirados se encaminham para um grande edifício ao pé de uma grande montanha escura. Pela afluência de espíritos e tipo de construção, imaginamos que se trata de uma faculdade ou talvez um hospital.
O CANAL DA ESPERANÇA
O Canal Vermelho é uma espécie de dimensão intermediaria onde se encontram os grandes hospitais para recuperação dos espíritos que ali chegam oriundos da Terra ou das dimensões inferiores. Neste plano também encontraremos os albergues dirigidos por importantes missionárias a serviço do amor incondicional como Irmã Lívia, Nana e muitas outras, ou ainda as faculdades onde os espíritos recebem os ensinamentos para se adequarem à nova vida ou se preparar para futuras missões junto aos necessitados. São planos e sub-planos que vão desde os mais atrasados até os de maior evolução onde encontraremos os responsáveis por sua governabilidade. Nesta dimensão, a dor e o sofrimento têm cura imediata. Aqui, todos são acompanhados e encaminhados, ninguém passa despercebido ou isolado, todos são tratados como verdadeiros irmãos ou filhos de Deus a caminho da luz. Aqui, realmente há solidariedade. No Canal Vermelho encontraremos belíssimas origens ou em termos terrestres, belas cidades, condomínios ou pequenas colônias agrícolas onde se cultivam plantas especiais diferentes das que conhecemos na Terra. É bom destacar que os corpos astrais são constituídos por uma espécie de energia racional muito sutil de natureza anti-material. Nessas dimensões tudo é formado por essa energia fluídica densa especialmente dosada pela inteligência suprema, incluindo as plantas e os animais. A diferença marcante entre um corpo fluídico e um orgânico, pode ser assinalada no tipo de agrupamento molecular e os consequentes filamentos do corpo material orgânico que é extremamente grosseiro ou primitivo. O corpo astral ou espiritual, prima pela leveza e translucidez. Pelo tipo de agrupamento de suas partículas de natureza sutilíssima. Como ondas magnéticas, o corpo astral pode ultrapassar uma parede de concreto sem qualquer dificuldade sem se decompor, ou, no caso tipicamente humano terrestre, tomar posse de um corpo sem alterar seu metabolismo, somente sua coordenação psíquica. É quando dizemos que alguém está incorporado. A prova mais concreta que temos da presença espiritual coabitando naturalmente um corpo humano, pode ser constatada quando alguém tem um membro de seu corpo amputado. Por exemplo: quando um homem perde um braço, por um bom tempo ele terá a nítida sensação de que o membro amputado ainda está ali, chegando ao ponto dele sentir seus dedos se movimentando. Isto ocorre porque o corpo espiritual ainda continua intacto e integrado ao sistema de coordenação motora ou psíquica do humano, a parte perdida foi unicamente a orgânica.
CASULO = LAGARTA, CRISÁLIDA E BORBOLETA
Isto me faz lembrar um outro dado importante sobre corpo espiritual e orgânico. Por um bom tempo, procurei uma forma simples mas que ilustrasse corretamente o grande fenômeno humano que é a real existência de seu espírito. Pois bem, o elemento que mais reflete o fabuloso ciclo espírito-corpo-espírito, é exatamente aquele que passa por diversas situações metamórficas até atingir o estágio final, ou seja, O CASULO, A CRISÁLIDA E A BORBOLETA. Vamos fazer pequenas mas importantes comparações para que todos possam entender com mais facilidade, como o espírito assume o corpo físico, o estágio de endogenia e seu posterior desenlace. Após cumprir os trâmites normais de preparação para assumir um novo corpo físico, o espírito aguarda a formação da parte vital do feto que é o cérebro. Período compreendido entre a concepção e os primeiros três meses de gestação. Fase em que o embrião nada mais é que um pequeno organismo vivo em formação. Uma vez formado o cérebro do feto, o espírito assume o controle de seu corpo e passa a coabitar harmoniosamente num processo sistemático de endogenia. Nesta fase, o corpo fetal será comparado a um pequeno CASULO, o espírito, a LAGARTA. Após o nascimento, o bebê continuará como CASULO e assim permanecerá durante toda a sua fase adulta o espírito deixará a condição de LAGARTA e se transformará na CRISÁLIDA, mais ainda aprisionada no CASULO. O estágio CASULO-CRISÁLIDA perdurará durante todo o ciclo existencial do corpo físico. Quando ocorrer a morte deste corpo físico (CASULO), automaticamente o espírito (CRISÁLIDA) assumirá as condições de BORBOLETA e se libertará, retornando à sua origem. A parte dramática desta comparação é que ela revela a insignificância do corpo físico, principalmente o período compreendido entre a concepção até os primeiros três meses de vida. Como já foi dito, nesta fase, o embrião é somente um pequeno organismo vivo, sem vínculos racionais. Mesmo após receber o espírito e assumir a condição de racional, o corpo humano continua tão insignificante que não passa de um CASULO ou, um amontoado de matéria orgânica necrosada com um ciclo existencial muito curto. Em contrapartida, valoriza a existência e perenidade do espírito (A CENTELHA RACIONAL DO HOMEM) que vem, cumpre sua passagem terrena e retorna para sua origem intacto. Portanto, o que era pó, corpo físico (CASULO) ao pó retorna, mas, a centelha racional, o espírito (BORBOLETA) continua seu ciclo evolutivo até retornar à sua origem que é o grande organismo cósmico revelado como o CORPO DE DEUS.
A LUZ AO ALCANCE DE TODOS
Retornando à nossa viagem, vamos continuar desvendando os mistérios deste fascinante sistema conhecido como Canal Vermelho. No decorrer das explicações, teremos a oportunidade de mostrar com mais detalhes tudo o que acontece nesta dimensão especial. Seu povoamento, seu sistema de governo, sua importância na escala evolutiva do espírito e do próprio sistema espiritual de uma forma geral. Como já foi dito, o Canal Vermelho é um dos mais importantes pontos de transição que temos conhecimento.
CONDOMÍNIOS DE LUXO
Deixando para trás a colônia greco-romana, a primeira a ser mostrada logo após a saída do vale das sombras, faremos uma rápida parada na cidade mais próxima, que, na verdade, mais parece um condomínio de luxo, se observarmos seu avançadíssimo padrão arquitetônico. São casas construídas com linhas arrojadas bem modernas, com muita transparência no uso correto de enormes vidraças, rodeadas por plantas e pintadas com cores claras para realçar a leveza vibracional. Na parte central desse condomínio astral, vemos o que parece ser uma grande piscina. Se prestarmos atenção, veremos que, da água, ou pelo menos o que parece ser água, se desprende algo parecido com vapor ou, um tipo de energia que se espalha por toda a região, energizando seus habitantes. Deixando claro que a piscina funciona como uma gigantesca bateria ou manancial catalisador de energia vital para os espíritos. Entremeando as duas primeiras origens, pela mudança na cor e principalmente o padrão vibracional, bem mais pesado, deparamos com um cenário estranhamente super povoado. Ao fundo, recortando o horizonte, surge um enorme clarão semelhante a um arco-íris ou, o por do sol. Entretanto, uma vez que é de nosso conhecimento que o sol é um privilégio dos encarnados terrestres, descartamos essa possibilidade e concluímos que se trata do fogo etéreo, ou, uma espécie de fogo especial que queima as vibrações negativa. São os mecanismos naturais necessários para manter a purificação do meio. Sabemos pouco sobre as verdadeiras origens desse fogo, mas, segundo uma passagem contada pelo Ditinho, ao varrer uma região impregnada de energia negativa, por onde ele passa, fica uma agradável sensação de leveza no ambiente. À direita do clarão, vemos um outro clarão, só que este envolve um grande galpão para onde os espíritos se dirigem aos milhares. À esquerda, outro galpão ou albergue, para onde também vemos filas e mais filas de espíritos se dirigindo. No meio de uma bela campina verde, destaca-se algo parecido com uma porteira velha construída com mourões de pedra. Mais uma vez deparamos com a cena dramática do casal de missionários aprisionando os espíritos sofredores com sua rede magnética e um pequeno grupo aprisionado numa caverna nas proximidades.
Episódio XI
MISSIONÁRIOS A SERVIÇO DE DEUS
O cenário seguinte nos sugere um grande labirinto respaldado por situações de isolamento em um ambiente pesado e escuro. Em primeiro plano, vemos algumas cassandras, que são pequenas naves de apoio utilizadas para resgates de espíritos em situação de perigo, como o executado por este casal de missionários. Ao fundo, sua nave, resguardada de perto por uma pequena frota. A contar pela presença de outras cassandras de apoio, deduzimos que a região é hostil e exige cuidados especiais desses guerreiros que desconhecem o medo quando o assunto é defender a integridade dos necessitados, estejam eles onde estiverem, até mesmo nas mais tenebrosas cavernas localizadas no vale das sombras. Este é o trabalho executado por esses servos de Deus que no uso intenso do amor incondicional aos necessitados recém desencarnados ou não, ignoram o medo e rompem as mais densas trevas para resgatar e encaminhar os sofredores aos hospitais de recuperação ou albergues e, posteriormente, se houver merecimento, para suas origens. Neste ponto, envolto por uma nuvem escura, vemos outro grande clarão com pequenas colunas enfileiradas. Trata-se de mais um portal-de-desintegração que, como já dissemos, é a passagem usada pelos espíritos credenciados quando eles precisam transpor uma dimensão.
SOLIDÃO
Pouco acima, quase que fundindo-se ao cenário escuro, uma criatura perdida em sua própria individualidade, com a mão na cabeça, lamenta-se da solidão e os muitos problemas que o desconhecimento de uma vida após-a-morte pode acarretar. O detalhe interessante é que apesar de seu desespero denuncia um baixo padrão vibracional, o que normalmente é um chamarisco para os bandidos do espaço, este espírito solitário não é molestado por eles. De alguma forma ele parece ser resguardado. Continuando por este labirinto, encontramos mais alguns espectros caminhando sem direção definida, como se não pretendessem chegar a lugar algum. Na realidade, por ainda não terem um conhecimento claro de suas atuais condições ou do que está acontecendo, a maioria permanece por períodos indefinidos na mesma situação, sem arredar o pé de onde estão. Ficam rodando como barata tonta.
Episódio XII
CONVÍVIO FAMILIAR
Os quadros seguintes nos mostram várias origens, mais ou menos no mesmo nível, tanto arquitetônico como evolutivo. Algumas revelam a convivência familiar harmoniosa, como este casal à mesa, uma casa toda florida para fortalecer o clima de amor puro e verdadeiro, do tipo que só as almas gêmeas podem cultivar. Ao lado, uma enorme entrada de pedra dá acesso a um albergue para o qual uma pequena multidão se dirige. Pela aparência não se trata de uma casa transitória comum, podemos verificar isso pelo que ocorre no portão de entrada. Dá para perceber que ao transpô-lo, os espíritos assumem uma nova roupagem, tanto ao entrar como ao sair. Ao lado, semelhante a uma ostra aberta, resplandecendo em varias cores-luz, vemos outro grande portal de desintegração, igual a muitos outros que serão encontrados em quase todos os planos ou pontos estratégicos, tanto nos mais elevados como nos inferiores. Pelo que já verificamos, eles estão em toda parte.
A CAMINHO DA LUZ
Subindo um pouco, vamos encontrar um belo conjunto de edifícios para onde se dirigem algumas dezenas de espíritos. Pela aparência descontraída e alegre, concluímos que se trata de um campus universitário. Aparentemente muito bem iluminado. Raios de luz rompem as grossas camadas de nuvens enchendo o ambiente de vida. Em segundo plano, vemos outro conjunto de edifícios, ainda vinculado ao campus, onde funciona um hospital universitário. Para adentrarmos a próxima dimensão, certamente necessitaremos de uma limpeza total da aura para nos livrarmos de qualquer indício de magnetismo negativo, pois, teremos o sublime privilégio de adentrar uma das dimensões mais elevadas do Canal Vermelho onde habitam os espíritos iluminados de alta hierarquia. Aqui, tudo é bem-aventurança, harmonia, integração absoluta entre os espíritos afins. A grande diferença entre os habitantes dessa origem e as outras já visitadas, está exatamente na leveza como se movem, ou melhor, flutuam. Quando o espírito galga todos os degraus evolutivos até atingir este estágio, ele praticamente já perdeu todos os vínculos ou magnetismos terrenos e materiais, transformando-se em pura luz, o corpo especial dos bem-aventurados que já estão muito próximos de Deus e seus anjos. Ao atingir este estágio, o espírito não mais se submete ao ciclo reencarnatório e muito menos, ao trabalho árduo dos missionários que enfrentam todos os tipos de situação no uso pleno do amor incondicional aos necessitados. A presença de Deus nessa origem é confirmada em cada partícula, nas formas e cores, no nível vibracional e nessa reluzente Presença Divina. Este lugar é tão fantasticamente especial que até sua luz, fornecida por um gigantesco sol multicolorido, parece possuir vida ou ser comandada por uma mente superior. Seus raios atravessam os corpos em levitação como se fossem filamentos energéticos. Como se não existisse a força gravitacional, imensos planetas se entrelaçam em rotas translacionais muito próximas, como se fossem imensos veículos comandados por uma tripulação especial. Apesar da absoluta integração, nenhum corpo interfere ou obstrui o trajeto do outro, o respeito à individualidade é total, isto vale tanto para os seres espirituais como para os elementos que compõem o sistema. Esta, certamente é a representação mais perfeita do que se pode entender como a verdadeira dimensão dos deuses.
Episódio XIII
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
Mais uma vez seremos obrigados a mudar totalmente de cenário, inclusive de padrão vibracional para nos igualarmos ao ambiente do próximo plano dimensional, que não chega a ser o vale das sombras, mas também não se assemelha ao plano que acabamos de visitar. É uma dimensão intermediária onde todos estão à procura da evolução. Aqui, veremos as filas infindáveis e o superpovoamento de espíritos. Esta cena nos mostra uma cidade de porte médio, semelhante a muitas cidades do interior que conhecemos na Terra. No geral, sua arquitetura é simples, muito verde, bastante espaço entre as casas na maioria de um único pavimento. O destaque fica por conta desse grande edifício em primeiro plano, a princípio, ele nos lembra a casa branca, a sede do governo americano. Isto nos sugere que este edifício também deve ser a sede de alguma liderança espiritual ou talvez algum tipo de governo local. O que deu pra concluirmos até agora, é que nosso planeta ou dimensão material é uma projeção ou cópia perfeita de tudo o que existe aqui ou vice-versa. O que existe no mundo material existe no espiritual. Talvez isso venha confirmar a velha teoria de que, no universo nada se cria, mas, copia-se. Tudo são reflexos do subconsciente. O que chamamos de inspiração, provavelmente, nada mais é que reflexos mentais ou informações acumuladas desde a primeira vez que assumimos um corpo orgânico no planeta Terra e que, a cada encarnação, decodificamos e concretizamos uma pequena parte do que está arquivado. Quando criamos algo em nosso planeta, estamos concretizando o que está arquivado em nosso subconsciente. Este arquivo é o resultado de muitas passagens lá e aqui, ou seja, é a síntese de tudo o que vimos, aprendemos e realizamos durante cada encarnação ou nos períodos em que fomos submetidos ao sono cultural quando somos preparados para uma futura encarnação. É possível que isto também justifique ou responda alguns por quês, como aquela sensação de angústia ou melancolia que nos abate de vez em quando, despertando uma saudade intensa de alguma coisa que não sabemos definir.
FILAS SEM DESTINO
Agora vamos nos misturar a essa grande multidão espectral para colhermos informações sobre o que fazem, se cultivam algum tipo de esperança e para onde se dirigem. Sobre o que fazem para passar o tempo, dá para perceber que eles perdem uma boa parte de suas existências nessas filas infindáveis. Muitas das vezes, nem sabem por que estão ali, se ajuntam aos outros por estarem totalmente perdidos. Por outro lado, devido à fantástica quantidade de seres que superpovoam este lugar, fica muito difícil o acompanhamento dos missionários caso por caso. Sobre a esperança, pela expressão de abandono estampada em cada rosto, parece que ela já não mais faz parte de suas reivindicações. Nesse caso, por exemplo, uma verdadeira multidão se acotovela nessa fila, dirigindo-se para esse imenso portal de desintegração, não para ultrapassá-lo, mas para se beneficiar da energia emanada e de sua luz intensa. Ao lado, outra multidão se espalha como formiguinhas nessa área verde, tendo como único abrigo esse albergue. Ao fundo, vemos um forte clarão surgido de uma grande fenda rochosa suspensa. Pouco acima, um pequeno grupo parece se confraternizar descontraidamente. Mais alguns albergues, uma pracinha fracamente iluminada ocupada por um casal, outro grupo bem mais alegre, inclusive, formado em sua maioria por casais de namorados. Outra pracinha banhada pela luz amarela de uma lâmpada fixada em um poste. Não dá para sabermos que tipo de energia é utilizada para acender essas lâmpadas, trata-se de uma luz fria, isto é facilmente notado.
FOGO DA ESPERANÇA
Caminhando um pouco para a esquerda, deparamos com uma espécie de ruína ou monumento formado por uma sequência de cinco grandes pilastras erguidas numa campina verde onde alguns espíritos passeiam despretensiosamente. Mais uma vez notamos um enorme clarão alaranjado recortando uma montanha ao fundo, só que dessa vez, não se trata de nenhum portal de desintegração, mas a presença do fogo etéreo, o tal fogo que queima as vibrações negativas.
A ILUMINADA E SEU GUIA
A cena seguinte, reveste-se de algo especialmente sublime. Ao fundo, um pequeno arco-íris empresta um toque de magia e beleza ao cenário. Ao me aproximar de um pequeno grupo de espíritos, uma emoção muito forte faz umedecer meus olhos e provocar um nó em minha garganta. A visão ímpar me domina e enche meu coração de uma alegria estranhamente melancólica ao identificar Tia Neiva sentadinha em um pequeno banquinho de jardim. Exatamente como aqueles que ela tanto falava quando estava encarnada entre nós. Com o braço esquerdo estendido, apontando algo à sua frente, ela se faz acompanhar por três espíritos. Um em especial me é bem familiar, trata-se de Amanto, o atencioso e belo missionário que sempre a acompanhou e continua acompanhando em suas andanças pelos mundos espirituais, principalmente, pelo Canal Vermelho. A grandiosidade dessa cena que foi pintada por mim ha mais de quinze anos atrás, é que ela se revela incrivelmente presente, como se tentasse nos mostrar o atual estágio evolutivo de Tia Neiva, ou, o plano onde ela se encontra na atualidade. Pelo que podemos perceber, Tia Neiva está muito bem assistida por espíritos da mais alta hierarquia. É claro que isso não concretiza a sua presença entre nós, mas pelo menos nos dá a certeza de que a encontraremos muito bem em um futuro próximo, o que já é um grande consolo. O indiscutível poder de Tia Neiva está em tudo o que ela realizou como missionária durante o período em que cumpriu seu ciclo encarnatório entre nós. Fazendo uso de seus dons extra-sensoriais fundamentados em sua clarividência e grande capacidade para se desdobrar, saindo do corpo físico em plena consciência, normalmente acompanhada por importantes personagens do mundo espiritual, ela trouxe do além, todos os conhecimentos que a transformaram na maior líder espiritual de nossos dias. Sua clarividência e sensibilidade apuradíssima, deram-lhe condições, apesar da fragilidade física consequenciada por diversas doenças graves, para buscar além, todo o conhecimento para concretizar no físico, esta fantástica obra denominada como “Doutrina do Amanhecer”.
ROMEIROS DA DESILUSÃO
Nesta cena, mais uma vez acompanhada pelo sublime espírito Amanto, ela observa as infindáveis filas que caracterizam alguns pontos do Canal Vermelho. Filas que se formam por acaso, iniciando com um pequeno grupo de espíritos errantes que seguem a esmo e no decorrer do caminho vão se ajuntando a outros até se transformar nessa imensa romaria sem destino definido. Tia Neiva sempre dizia que acontecia de tudo nessas filas. Desde o encontro de velhos conhecidos da Terra, parentes próximos até grandes rivais ou cobradores e ferrenhos inimigos. Aqui os carmas mais pesados não são resolvidos, mas muitas das vezes bem encaminhados. Nos planos inferiores, particularmente nessas romarias astrais, é muito comum um espírito deparar com outro que tenha sido sua vítima em épocas passadas. São nesses encontros que se iniciam as grandes cobranças que muitas das vezes rompem as dimensões e continuam quando eles são contemplados com as reencarnações para se reajustarem aqui na Terra.
Episódio XIV
LÍDERES DA DECADÊNCIA
Os atos inconsequentes levados a cabo a despeito de reivindicações duvidosas, têm balançado as estruturas democráticas do país. Na intransigência de se opor simplesmente por opor, supostos sindicalistas e aventureiros em busca do poder, no uso e abuso da demagogia, têm promovido muita agitação na sociedade, instigando-a a rebeliões injustificadas e, se possível, algum derramamento de sangue. É quando se viola os direitos individuais dos cidadãos, envolvendo-os na malha pérfida da insanidade, que os reajustes se generalizam e a tal cobrança espalha seus tentáculos engrossando cada vez mais as fileiras dos desiludidos. Os políticos tinham como obrigação, defender e liderar a sociedade com dignidade, criando leis justas para harmonizá-la. Infelizmente, presenciamos exatamente o contrário. Na defesa de seus interesses pessoais eles promovem a baderna tecendo uma rede de intrigas para encobrir suas reais intenções que é mergulhar o país no caos, para somar dividendos políticos com a desgraça de seus semelhantes. O pior é que muito sangue já rolou devido à inconsequência dessa gente, que, sem saber, estão fazendo o jogo dos chefões do vale das sombras que necessitam dos fluídos negativos gerados pela desordem e derramamento de sangue para se fortalecer e quem sabe, estabelecerem aqui, o seu reino de perversão e dor. Normalmente, o político influente, os grandes cientistas, os líderes sindicais e os que exercem algum tipo de liderança, são as cobaias preferidas ou mais visadas pelos chefões dos planos inferiores. Ambientes como senado federal, câmara dos deputados, câmaras legislativas, palácios dos governos estaduais, a sede do governo federal e principalmente os tribunais de justiça, são os ambientes mais frequentados pelos poderosos chefões do vale das sombras que tudo fazem para transformá-los em suas bases de comando. Aliás, uma coisa é certa, com tudo de ruim que temos praticado com as guerras, a fome e miséria, a promiscuidade e destruição da natureza, a ambição sem limites e toda a sorte de atos mesquinhos, estamos trabalhando exatamente em favor dos encouraçados dos planos inferiores, fortalecendo-os e fazendo com que muito em breve, eles encontrem o respaldo energético necessário para promover suas materializações entre nós e se possível, transformar nosso mundo material, em mais uma extensão do vale das sombras. Com certeza não será uma tarefa fácil reverter este quadro de negativismo incontestável, mas, com uma boa dose de otimismo, acredito que o homem ainda tem forças para lutar contra as trevas e seus habitantes, trabalhando para o bem e assim podendo contar sempre com o auxílio de Deus e seus grandes iniciados, que jamais nos negarão ajuda. A atuação dos líderes das trevas para recrutar cada dia mais adeptos para seus exércitos é incessante, porém, se nos municiarmos de amor incondicional, auto-confiança, vibração pela vida, fé em Deus e em nossos mentores espirituais, com certeza seremos vitoriosos. Caso contrário, se continuarmos trilhando os caminhos do desentendimento, do individualismo, da falsidade e da mesquinharia, fatalmente seremos abandonados pelas forças superiores e ficaremos à mercê dos vilões das trevas e de nossos próprios atos insanos. Caso ocorram as catástrofes e o domínio das trevas em nosso mundo material, de uma coisa podemos ter certeza, cada fato negativo envolvendo os homens será amplamente explorado pelos líderes religiosos que o transformarão na vingança de Deus contra os infiéis ou pecadores. O que somente ampliará a lista de bobagens criadas pelo homem para intimidar seus semelhantes. Na verdade, Deus em sua grandeza infinita não cultiva o instinto de vingança e muito menos necessita castigar pobres mortais como nós para descarregar sua cólera ou dar mostras de sua força. É bom nos conscientizarmos que raiva, vingança, cobrança, violação do livre-arbítrio são instintos negativos exclusivamente cultivados pelo homem carnal, Deus, a força suprema está muito acima disso, dizer que ele vai deflagrar sua ira contra nós é nivelá-lo à nossa condição de pecador. Portanto, precisamos ter muito cuidado ao nos oferecermos como seu porta-voz. É bom analisar bem antes de falar bobagens em seu nome. Imaginem o que seria do universo se seu Criador e Mentor maior fosse tendenciado a crises de raiva ou nutrisse o instinto de vingança? Com certeza, tudo isso já teria sido pulverizado. Deus está muito acima do que podemos considerar como natureza meramente humana. Nivelá-lo dessa forma é cometer um tremendo pecado capital, comprando antecipadamente uma passagem só de ida para o lugar classificado pelos religiosos como purgatório. Como pode alguém em sã consciência, usar o nome de Deus para intimidar e condenar seu semelhante ao fogo do inferno baseado em interpretações pessoais ou filosofias sabidamente ortodoxas e ha muito tempo caducas? Não é o julgamento sem conhecimento de causa ou do indivíduo, um tipo de injúria sujeita a punição? Se somos livres para pensar e agir de acordo com nossos princípios fundamentais, obedecendo às leis que regem uma sociedade, acredito que está na hora do homem abandonar seus velhos e vergonhosos métodos de intimidação dos indecisos e avançar alguns graus na escala evolutiva. Dizer a alguém para abandonar seu tradicional método de vida e procurar seguir uma nova rota, caso queira se safar da ira de Deus ou se livrar do fogo do inferno, é uma forma de fanatismo terrorista muito usada pelos líderes religiosos para intimidar e arrebanhar a todo custo, seus contingentes de seguidores. Qual o homem tem poder ou autonomia suficiente, para, em sã consciência, dizer ao seu semelhante que ele está errado e caso não mude de vida aceitando determinados mandamentos religiosos, será impiedosamente condenado por Deus a se tornar churrasco no fogo do inferno? Não seria isto uma infeliz forma de coação que precisa ser combatida? A religião deve ser uma manifestação livre, mas não imposta goela abaixo às custas desse tipo de politicagem barata e enganadora. É preciso ter muito cuidado com esses que se dizem os porta-vozes de Deus, a maioria não passa de mercenários da fé em busca de liderança ou enriquecimento ilícito. Na verdade, eles não passam de cegos tentando guiar outros cegos que certamente terão um único destino, o abismo. Todos somos iguais perante Deus, o problema é que temos uma grande facilidade em desvirtuar aquilo que a própria natureza nos oferece como normas fundamentais e coerentes de coexistência. O momento é de coerência e engrandecimento da espécie. Uma espécie mais voltada para seu interior, onde certamente, poderá encontrar a essência sublime do criador que é a presença do próprio espírito que, por sinal, é a única coisa que temos em comum com Deus, o resto, não passa de matéria orgânica podre gerada de acordo com as condições químicas e atmosféricas de nosso planeta. Portanto, afirmar que o homem é a imagem e semelhança de Deus, é tremendamente questionável. Somos criação de Deus, mas não a sua imagem e semelhança. Por outro lado, quem é o homem, mero mortal extremamente primitivo, para afirmar que é a imagem e semelhança de Deus, a Suprema força que rege todos os universos? Na realidade, o único fator real que o diferencia dos outros animais é o poder indiscutível de seu espírito configurado como o dom racional, o resto, como já foi dito, não passa de matéria orgânica perecível que pode ser facilmente destruída por um vírus microscópico e se tornar pasto para os vermes. O afirmado aqui pode até ser tomado como mais um amontoado de conjecturas pessimistas e sem fundamentos, tudo bem, ninguém é obrigado a acreditar em tudo que ouve ou vê, todavia, é prudente ser mais cuidadoso antes de se deixar levar pela oratória convincente dos que se dizem donos da verdade e salvadores do mundo usando o nome de Deus. Existe muito lobo voraz camuflado em pele de ovelha. Por outro lado, ficar na encruzilhada sem saber que rumo tomar é uma terrível perda de tempo. Um minuto perdido na dúvida ou em qualquer situação jamais será recuperado. O tempo de mãozinha na cabeça e panos quentes para encobrir as falhas já passou, agora é munir-se de auto-confiança e fé em Deus, o verdadeiro regenciador dos universos e seguir em frente sem essa de: “Será que vou conseguir?”. É claro que vai conseguir, basta querer realmente e ir à luta sem medo que certamente o futuro se descortinará promissor e todos os objetivos serão alcançados. Se nos basearmos na confiança que o Criador depositou em cada um de nós ao nos contemplar com o dom divino do espírito e a liberdade para definirmos nosso próprio caminho, podemos afirmar sem medo de errar que o destino de cada humano está em suas próprias mãos. Ninguém morre simplesmente para acompanhar o outro em sua fornada no mundo dos espíritos, quando partimos desse mundo partimos sós. É bom pensar nisso.
Episódio XV
A DIMENSÃO DOS DEUSES
Vamos deixar de lado a realidade terrena por algum tempo e viajar através das dimensões para conhecermos outra origem considerada como uma das mais elevadas do Canal Vermelho. É muito difícil descrever esta origem. Seria como descrever a dimensão dos deuses. Um dos pontos mais altos da escala evolutiva. Aqui, tudo sugere a bem-aventurança, a sublimação, a realidade daqueles que já galgaram todos os degraus evolutivos e alcançaram as bênçãos de Deus que se faz presente em cada partícula de tudo o que compõe este lugar. Tudo aqui é vibração positiva, amor puro e verdadeiro, o tão sonhado paraíso onde as almas gêmeas se encontram e se eternizam junto a Deus, o Supremo Senhor do Universo. Uma imensa Presença Divina confirma o estágio de sublimação deste lugar. Sua luz intensa parece se fundir a cada corpo etéreo como se fosse transformar tudo em um único ser. Os espíritos, normalmente em casais, externam a leveza daqueles que perderam todo o magnetismo pesado dos encarnados. Seus corpos já não se prendem a qualquer tipo de força gravitacional, são translúcidos como a luz. Uma luz em perfeito sincronismo com a energia emanada pelas cores vivas emitidas pela Presença Divina que resplandece como o sol da vida. Nessa dimensão fascinante, os planetas se entrelaçam obedientes às suas rotas translacionais como pequenos balões multicoloridos em um dia de festa. Não visualizamos nenhum tipo de abrigo concreto como uma casa, um edifício ou um albergue porque, aqui, todo o sistema se unifica como se fosse um imenso organismo vivo, mas de pura energia racional. Tudo se integra numa perfeita corrente como se não existisse diferença entre o racional e o irracional, o orgânico e o inorgânico, o vegetal e o animal, o sólido, o líquido e o gasoso. É como se todas as partículas possuíssem uma total afinidade entre si, sob a coordenação da gigantesca Presença Divina que pulsa espargindo fluídos como se fosse o cérebro desse lugar. Aqui, Deus não é uma teoria, mas uma presença concreta associada a cada corpo em levitação, a cada partícula de luz, a cada mantra, nas vozes, no olhar destes que já ultrapassaram todos os bloqueios carnais e se nivelam aos anjos da mais alta hierarquia. Aliás, hierarquia aqui, não é sinônimo de poderes, mas o nível evolutivo de uma sociedade regida pelo seu próprio instinto racional.
Episódio XVI
A ORIGEM DOS GRANDES INICIADOS
Se de um lado encontramos a perfeição absoluta em termos de plano superior, do outro, rompendo a delicada película que divide as dimensões, encontramos essa origem que também pode ser considerada como de grande elevação, porém, pouco inferior se comparada à anterior. Nesta origem, encontraremos vários vínculos com nosso mundo material, o principal deles é a arquitetura. Em primeiro plano, vemos um grande templo semelhante aos pagodes chineses completando um belo conjunto arquitetônico com outro do mesmo porte separado unicamente por uma ponte sobre um grande lago de águas cristalinas. Ao fundo, vemos outro edifício e algumas dezenas de pessoas compondo as já conhecidas filas vistas no Canal Vermelho. A paisagem perfeitamente integrada ao sistema se compõe desse grande lago, plantas diversas, belas flores multicoloridas, pássaros, jardins com confortáveis bancos onde um ou outro casal compartilha agradáveis momentos. Tudo inspira a paz dos deuses. Se nos basearmos unicamente na arquitetura e postura de seus habitantes, podemos afirmar que esta é uma origem oriental, ou melhor, a origem dos monges tibetanos, hindus, japoneses e chineses. Podemos afirmar isso com base nos costumes e filosofia dos espíritos que vivem aqui. Eles são totalmente diferentes dos habitantes da origem anterior que primam pela leveza e descontração, pela alegria das cores e caracteres espectrais. Nessa origem, os espíritos se assemelham muito aos monges tibetanos no que diz respeito à conduta celibatária que valoriza o silencio e a meditação, conduta que à primeira vista, confere-lhes um elevado sentido de isolamento ou introspecção, no entanto, isso não ofusca-lhes a grande simpatia e suavidade em seus gestos. Esta é sem dúvidas, uma origem muito evoluída, guardando-se as respectivas tradições e alguma ortodoxia que reflete o que já conhecemos aqui na Terra. Apesar de ser totalmente diferente das demais, desde o padrão vibracional, a arquitetura predominante e os poucos, mas circunspetos habitantes, esta origem não demonstra a super-povoação vista em todas as outras. Nesta, ao contrário, vemos um ou outro espírito caminhando sem pressa, contemplando o belíssimo cenário perfeitamente harmonioso. Aqui também tudo sugere equilíbrio. A natureza se unifica nas flores multicoloridas, nas águas cristalinas e nos poucos pássaros que convivem em perfeita harmonia com os demais seres vivos. Mirando a linha do horizonte, podemos contemplar o belo olho de Deus configurado na reluzente Presença Divina contrastando com o azul celeste do céu ligeiramente esfumado por grossos blocos de nuvens.
Episódio XVII
RODOVIÁRIA UNIVERSAL
E por falar nas indescritíveis obras do Grande Arquiteto dos Universos, vamos retroceder alguns graus na escala evolutiva e mudar totalmente o padrão vibracional para conhecermos mais um dos considerados fenômenos astrais de relevância primordial para todas as classes de espíritos que estão chegando da Terra ou partindo para suas respectivas origens. Para constatarmos essa fascinante obra, vamos viajar até o ponto central do Canal Vermelho onde estão situadas as indescritíveis e superpovoadas rodoviárias-universais. A visão chega a ser impressionante devido à imensa quantidade de espíritos se entrelaçando como se estivéssemos diante de uma gigantesca colméia. Esta primeira rodoviária universal se parece com um gigantesco disco-voador ou uma imensa plataforma flutuante cheia de portas que dão acesso a um grande número de passarelas interligadas a vários planos espirituais que vão desde os mais elevados até os mais baixos como o vale das sombras. Os espíritos recém-desencarnados oriundos da Terra ou de outros sistemas, chegam a essa rodoviária universal e a partir daqui, de acordo com seus graus evolutivos, consciência da vida extramaterial, padrão vibracional e orientação comandada pela própria individualidade, são encaminhados para suas origens, para os albergues, hospitais, universidades ou, na pior das hipóteses, para os labirintos negros dos planos inferiores. O destino de cada um será regido por sua própria tendência. Na maioria dos casos existirão guias especializados para orientar os indecisos ou mentores responsáveis pelo encaminhamento do recém-chegado no mundo dos espírito, entretanto, eles jamais interferirão na decisão final ou livre-arbítrio de quem quer que seja. À distância, nos pátios próximos às passarelas, podemos visualizar algumas cassandras que são os veículos espaciais ou táxis aéreos que conduzirão os passageiros para seus respectivos destinos que, como já dissemos, podem ser os albergues, os hospitais, suas respectivas origens ou os planos inferiores, vai depender do que foi semeado durante o período em que o espírito esteve encarnado no mundo físico. Agora, será a hora da colheita. Como em nossas rodoviárias terrestres, aqui também existem os auto-falantes que anunciam as chegadas e partidas das cassandras que funcionam como ônibus espaciais. Nesses auto-falantes ouve-se coisas do tipo: “passageiros com destino a origem Y, com escala no albergue de nana, embarque imediato na plataforma WS2, ou, amacê oriunda da Terra com desembarque previsto para daqui a alguns minutos na plataforma BM9”.
PONTO DE ENCONTRO OBRIGATÓRIO
A localização exata desta gigantesca plataforma é estratégica, ela é o ponto de convergência e divergência para todos os lugares não só de nosso pequenino planeta, mas, é uma espécie de CENTRO NERVOSO DO UNIVERSO. Esta informação pode ser confirmada pelas inúmeras passarelas interligadas aos planos dimensionais, aos planetas vistos a pouca distância, aos portais de desintegração e aos albergues situados nas imediações. É impressionante a incrível quantidade de seres espirituais se movimentando de um lado a outro nas proximidades das rodoviárias universais. Não há duvidas de que existem mais espíritos nos mundos anti-materia do que os ainda encarnados no planeta Terra que não chegam aos seis bilhões.
MUTAÇÕES MALIGNAS
Comprovando o superpovoamento astral, nesta dimensão próxima, vemos outra rodoviária universal ainda maior e mais congestionada de espíritos-passageiros que a anterior. As passarelas dessa rodoviária estão ligadas diretamente aos albergues espalhados por todo o Canal Vermelho e regiões adjacentes como o umbral ou vale das sombras. À esquerda, no topo desta colina, vemos outra passarela ligada a um pequeno conjunto de hospitais enquanto outras levam diretamente às cavernas no vale das sombras, onde, nesse exato momento presenciamos o ataque de algumas criaturas aladas a essa multidão de espíritos errantes. Na realidade, essas formas espectrais semelhantes a abutres gigantes, fazem ponto nos limiares das passarelas com os mundos inferiores, onde procuram aprisionar a maior quantidade possível de espíritos indefesos e levá-los para seus antros de perdição, onde submeterão às mais terríveis provações. Estes seres cavernosos são tão terríveis que em suas orgias, eles se castigam violentamente com atos libidinosos, usando instrumentos cortantes ou pontiagudos, correntes, braseiros e bebidas altamente letais como estimulante. O estranho é que eles se atravessam com violentos golpes de faca, bebem essas misturas venenosas e não conseguem se destruir porque o espírito é um tipo de energia inextinguível. A grande realidade é que estes seres alados são extremamente sanguinários, quando eles dominam suas vítimas, elas são submetidas ao que chamaríamos de verdadeiro inferno. Eles são os temíveis demônios propagados por alguns religiosos que os usam como forma de intimidar seus fiéis. Sobre a origem desses seres alados, sabemos que se um humano de má índole ainda encarnado, cultiva uma determinada fixação e desencarna sem realizá-la, quando ele chega nos planos inferiores, sua tendência natural é perder todas as características anatômicas anteriores e assumir a roupagem que está incutida em seu subconsciente pervertido. Isto, porque a mente é um arquivo que não se apaga quando o espírito se liberta do corpo físico. Uma vez que na mente desse indivíduo só existia e ainda existe o mal, as mutações bestializadas se concretizam com muito mais facilidade e as imagens buscadas normalmente são as mais assustadoras possíveis para que eles possam usá-las para aterrorizar suas vítimas. Nos mundos inferiores é comum encontrarmos criaturas monstruosas com cara de gente e corpo de animal ou abutre com cara de macaco e patas de leopardo como os vistos há pouco aterrorizando os recém-chegados ao vale das sombras. Esta tendência atrofiadora ou mutante não é observada quando o espírito possui um mínimo de lucidez ou conhecimento de causa. Para estes, a tendência natural é se evoluírem cada vez mais, perdendo todos os vínculos carnais ou anatômicos até se tornarem pontos de luz racional totalmente integrada ao grande organismo cósmico que é o corpo de Deus. Porém, este destino sublime não está reservado a todos, somente alguns o atingirão na plenitude, a maioria permanecerá ainda com características anatômicas definidas nos planos intermediários ou origens por tempo indeterminado até se autoconscientizarem, desvencilhando-se de todos os resquícios de encarnações passadas. Deus, em sua grandeza infinita, concede a mesma oportunidade a todos, entretanto, está em cada um saber aproveitá-la na íntegra para um dia, quem sabe, fazer parte de sua grandiosa legião de bem aventurados.
QUEBRANDO AS REGRAS
Em tudo existem dois lados, o bem e o mal. O positivo e o negativo. A luz e as trevas. Em muitos casos até que pode haver um meio termo. Porém, quando o assunto é espiritualidade inferior, essa regra deixa de existir. Nesses antros de perdição ou se comanda ou é comandado. Um está sempre pronto para sobrepujar o outro. Não há convívio pacífico no que poderíamos chamar de inferno. Aqui, as palavras de ordem são: subjugo, traição, humilhação, poder, maldade extrema, sexo bestializado, droga, perversão absoluta. Como não há solidariedade, aqui, o indeciso acaba sempre como escravo do mais esperto.
CONEXÃO PARA O ALÉM
Observando a movimentação nessas plataformas, podemos confirmar esta tendência com muita clareza onde a separação ocorre sem a interferência de quem quer que seja. O indivíduo é conduzido pela sua própria consciência numa espécie de seleção natural ou autoretratação. É o que vemos acontecer na parte inferior da grande rodoviária-universal nesse exato momento. Um grande número de espírito se dirigem para uma de suas muitas passarelas, em especial a que leva ao enorme portão de pedra que isola uma determinada área das demais regiões. Pela tranquilidade demonstrada pelos espíritos que estão em seu interior, podemos concluir que o lugar não é dos piores, parece muito com uma área de laser ou espera, algo semelhante a uma reserva para camping. Nesta rodoviária, a presença de espíritos também chega a ser impressionante, milhares e milhares deles numa constante movimentação onde encontramos de tudo, seres desesperados, pasmados por ainda não terem entendido o que aconteceu, os que ainda não aceitaram a morte, outros em agonia, prostrados, resignados e também os tranquilos e conscientes de suas condições de desencarnados. Alguns dão a impressão de que estão fazendo turismo nessas paragens, observando cada detalhe com muita curiosidade, percebemos que estes são os mais evoluídos e consequentemente menos apegados às coisas materiais deixadas para trás, com certeza eles não encontrarão dificuldades para se readaptarem à nova condição e seguir em frente no cumprimento de suas jornadas na expectativa de um dia retornarem às suas respectivas origens.
FILHOS DA LUZ
Constatando este magnífico mecanismo que rege os mundos físicos e espirituais, mais uma vez concluímos que as coisas de Deus são simplesmente indescritíveis e eternas. A vida se estende através das dimensões e se eterniza nas diversas situações regidas pelo livre arbítrio ou individualidade, cada caso é um caso, cada espírito, representa um destino diferente de acordo com o peso de seu carma. É uma sucessão de desencontros, encontros e reencontros de parentes e amigos de outrora, entretanto, poucos se dirigem à mesma origem ou destino, muitos mantiveram laços familiares quando encarnados unicamente para cumprirem um reajuste, após o desvinculo carnal, tomam destinos totalmente diferentes. São dádivas ofertadas somente aos seres humanos. Criaturas especiais e privilegiadas que receberam a incumbência de bem representar o Criador nos inumeráveis mundos espalhados pelos universos.
CONHECIMENTO AO ALCANCE DE TODOS
Ainda nas imediações das rodoviárias, a uma distância equivalente a uns três quilômetros, vemos um fabuloso conjunto arquitetônico de linhas modernas, onde funciona uma das mais importantes faculdades do Canal Vermelho. Aparelhada com avançadíssima tecnologia astral, ela fornece dados importantes e vitais na preparação dos futuros missionários que serão enviados para cumprir suas tarefas especiais em diversos pontos não só do Canal Vermelho e outras dimensões, como também em nosso planeta Terra.
Episódio XVIII
A CONVENÇÃO DOS ILUMINADOS
De tudo o que vimos nas diversas dimensões intermediarias denominadas como Canal Vermelho, certamente, o que mais nos encherá os olhos será sem dúvidas, este imponente monumento semelhante à catedral de Brasília, formado por duas meias-luas invertidas, uma amarela e a outra lilás. Complementando o simbolismo, uma grande taça representando a chama da vida empresta um toque de magia e encanto ao monumento. Como se unindo as duas luas, um gigantesco suriê formado por pequenas esferas multicoloridas com o símbolo do cristianismo na extremidade inferior, completa a fachada do importante edifício. Sob esta fabulosa estrutura resplandecente, vemos algumas centenas de espíritos representando quase todos os povos conhecidos. Nesta reunião se encontram caboclos, hindus, médicos, pretos-velhos, ciganos, princesas, príncipes, magos, cavaleiros, ministros e missionárias, monges, representantes das águas, do fogo e de todas as tendências voltadas para a evangelização dos que se encontram na obscuridade dos mundos inferiores. Aqui, todos falam a mesma língua usando uma espécie de dialeto universal. Este belíssimo conjunto arquitetônico cabalístico é conhecido como: O GRANDE ORÁCULO DE OLORUM. Como todos sabem, o ORÁCULO representa a divindade maior que responde a todos os questionamentos dos homens, orientando-os em suas decisões e tarefas mais difíceis. OLORUM, de acordo com os entendidos no assunto, representa a divindade maior, o senhor de todos os céus. Sob as bênçãos deste grandioso oráculo, podemos constatar o peso desta conferência que reúne os mais significativos representantes responsáveis pela evangelização de todos os povos existentes nos planos físicos e espirituais, encarnados ou desencarnados.
O VALE DOS SUICIDAS
Depois desse belíssimo encontro com as entidades espirituais de alta hierarquia, mais uma vez, vamos mudar de padrão vibracional e descer aos vales sombrios onde gemem aqueles que ainda não tem direito a luz. Nessa trajetória, deparamos com uma figura solitária em total desespero. Aos berros, ela se atormenta ao ouvir o eco da própria voz que parece acusá-lo de algo terrível. Sua sensação é de absoluto abandono numa dimensão onde existir é sinônimo de introspecção total. Aqui, o eu interior só se exterioriza para o auto-julgamento final. Este lugar sombrio é chamado por muitos de: VALE DOS SUICIDAS. É onde são confinados aqueles que, por fraqueza ou covardia, ousaram tirar a própria vida, agredindo brutalmente a essência maior que regencia todo o sistema integrado. Nenhum ser racional tem direito de atentar contra a própria vida por mais injusta que ela possa parecer, quando isso ocorre, o transgressor se auto-confina em uma estranha dimensão onde sua tormenta maior é terrível sensação do não existir. Normalmente, este martírio perdura até que se finde o período em que o suicida deveria permanecer encarnado naturalmente. Após cumprir o estágio punitivo, o espírito do transgressor, com o peso do ato inconsequente somado a sua carga original, assumirá os encargos que o aguardavam para o cumprimento de sua escala evolutiva. No caso dele não conseguir resgatar todos os seus débitos, seu destino será o eterno confinamento nos vales negros do sofrimento.
Episódio XIX
FORÇA CRESCENTE E DECRESCENTE
Retornando ao mundo físico, numa mudança totalmente de condição etérea para física, vamos acompanhar um jaguar fazendo a sua emissão ao se preparar diante da pira no templo do amanhecer. Observando os efeitos positivos de sua emissão, podemos constatar a forma elipsoidal assumida pela energia emitida ao serem pronunciadas as palavras cabalísticas, vemos que ao contactar os mundos espirituais onde sofrem as almas sem luz, a emissão canaliza as energias restauradoras até os necessitados que agonizam nos vales negros, atravessando-os até atingir o ápice que é o grande portal de desintegração onde a energia sofre uma filtração e retorna como fluído vital para o equilíbrio psicossomático. Quando o jaguar faz sua emissão, um tipo de energia vital é liberada e vai ao encontro dos necessitados que sofrem nos planos inferiores. Consequentemente a mesma energia é transformada em fluído vital para a cura biopsicofísica e retorna à sua origem. É obvio que este ciclo só se completa quando o trabalho é realizado sob o poder indiscutível do amor incondicional, da autoconfiança e fé em Deus, nosso pai. Quando há o propósito de se realizar um bom trabalho em benefício dessas infelizes almas, é importante termos em mente a real destinação e objetivo de nossa vibração. É por essa razão que devemos prestar muita atenção nesses vales negros onde choram os que perderam a chance de retornarem às suas origens. Quando elevamos nosso pensamento e rogamos ajuda, fazemos em nome desses infelizes que rosnam bestializados nos antros lodosos das cavernas, onde a demência é o instinto predominante. Por outro lado uma das coisas mais importantes que devemos ter em mente, é a conscientização absoluta e a paz interior. Uma vez cientes desse item, podemos nos considerar habilitados a corresponder como verdadeiros missionários no cumprimento de nosso dever, nos oferecendo como mediadores nas terríveis batalhas travadas não só nos planos inferiores, mas onde se fizer necessária nossa intervenção.
A ORIGEM DOS CATEDRÁTICOS
Para não finalizarmos esta fascinante viagem mostrando o baixo astral, vamos subir alguns graus na escala para conhecermos um importante conjunto de edifícios onde funciona uma faculdade, um teatro e uma espécie de centro de convenções. Nos verdes e amplos jardins que circundam este campus astral, percebemos a alegria descontraída em cada face que integra este pequeno povoamento. A energia gerada por eles é extremamente agradável e positiva. Tudo aqui denota o elevado grau evolutivo daqueles que já estão a caminho de Deus. A alegria e leveza transparente das cores revela a bemaventurança dos que souberam bem administrar seu livre-arbítrio, não permitindo o comando muitas das vezes nefasto dos instintos carnais sobre o espírito. 

= FIM =